Cotidiano

Academia para o cérebro

Diário da Manhã

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 01:12 | Atualizado há 8 anos

Mas atividades aeróbicas para o cérebro? Em uma academia de ginástica para o cérebro, elas têm o nome de neuróbicas. São atividades que fazem com que o órgão saia da zona de conforto, criando novas conexões. E se você está pensando em algo chato e cansativo, está muito enganado. Escovar os dentes com a mão não dominante, andar de costas, mudar o relógio de pulso e fazer um novo trajeto para o trabalho são exemplos de atividade neuróbicas. Ao fazer isso, circuitos quase nunca ativados da rede associativa do cérebro são utilizados, aumentando a flexibilidade mental.

Há muito já se tem conhecimento que alimentação sadia, sono regular, exercício físico e uso cognitivo (estímulo pela música, leitura ou matemática, por exemplo) são pilares para manter o cérebro ativo. O ponto é que, para cuidar bem, não basta mantê-lo ativo: é preciso desafiá-lo de maneira rotineira.

“Para ter uma vida saudável, não se pode deixar o cérebro nem o corpo de lado. É preciso praticar atividades físicas regularmente, dormir bem, beber muita água, ter uma alimentação balanceada e não se esquecer do órgão mais importante do nosso corpo. Exercitá-lo com desafios na medida certa é o grande segredo para a longevidade”, afirma Geomacel Carvalho, especialista em ginástica cerebral.

De acordo com a neurociência, os exercícios para o cérebro aumentam a reserva cognitiva, deixando o cérebro mais ágil para encontrar os caminhos necessários para as atividades diárias. Esses exercícios também ajudam a prevenir o aparecimento dos sintomas do Alzheimer, doença degenerativa do cérebro que afeta hoje mais de 1,3 milhão de pessoas no Brasil.

“Graças à neuroplasticidade (capacidade do cérebro em se modificar e criar novas conexões neurais ), a ginástica cerebral mantém as funções do cérebro, sem os efeitos colaterais dos remédios”, explica Geomacel Carvalho.

Matemática

Há alguns anos, academias de ginástica cerebral espalham-se pelo Brasil. Métodos ao estilo do Supera apostam em técnicas como o uso do ábaco, a calculadora chinesa, para melhorar a agilidade mental. Os professores garantem deixar seus alunos mais espertos.

Baseado no método francês Happy Neuron, o treinamento estimula as cinco principais funções cognitivas (memória, atenção, linguagem, raciocínio e visual-espacial), levando em conta critérios de personalização e entretenimento. “Da mesma forma que você vai na academia e malha o corpo para ter a forma que você quer, pode fazer isso com o cérebro, e treiná-lo para que ele pense do jeito que você deseja. Só que isso requer foco, disciplina e determinação”, ressalta Carla Tiepo, consultora do método.

 

Exercícios para o cérebro

Memória

1- Tente guardar de cabeça dados como números de telefone e horários de compromissos;

2- Tente lembrar sequências de elementos complexos, como cores, roupas e acessórios usados por colegas de trabalho numa manhã.

Rapidez de raciocínio

1- Ao fazer compras, habitue-se a calcular de cabeça a quantia total a pagar e o troco a receber;

2- Resolver problemas como sudoku em cada vez menos tempo ou praticar esportes que exigem reagir a um oponente.

Concentração

1- Ao ouvir uma explicação ou apresentação faça “anotações mentais” das partes mais importantes;

2- Tente recitar os dias da semana e os meses do ano na ordem inversa e depois em ordem alfabética.

 

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