O Bosque dos Buritis, abrigo dos malfeitores do alheio
Diário da Manhã
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 01:02 | Atualizado há 8 anosO Bosque dos Buritis, considerado e eleito como cartão postal de Goiânia, contempla nestes tempos, uma grande perda de suas características de originalidade e beleza própria. Distante da conservação de suas estruturas mínimas para ofertar à população goianiense e de outros rincões do país afora, o desfrute seguro de suas vicissitudes.
Um orgulho do povo de Goiânia, principalmente para quem goza do privilégio de morar por perto, respirando o ar puro exalado pela transformação química no combustível perene renovado pelas florestas que alimentam o oxigênio respirado pela humanidade. Infelizmente, reina por ali, o abrigo daqueles que apreciam o ilícito penal em apropriar-se de bens e valores do alheio. Há momentos em que chegam a ostentar-se e a vangloriar-se das facilidades em abordar as pessoas. Portando-se de armas de fogo ou arma branca, celulares, relógios, pulseiras, colares, quando não são arrancados à força. Em outros momentos, o único bem a vista do portador, o par de tênis utilizado nos pés. Por certo, deixa o abordado completamente cético, inabilitado para qualquer reação diante do fato relâmpago da ocorrência na ausência dos protetores à garantia do direito de ir e vir das pessoas que pagam os seus salários.
A despeito dos fatos, são ousados e em outros casos são efêmeros, aventureiros e desocupados a procura de explorar uma fonte de renda para o seu sustento. A habilidade dos malfeitores da segurança pública é tanta que chegam a dispensar o tipo de aparelho celular do portador abordado, quando este percebe-se que o bem a sua frente, tem valor irrisório no mercado comercial. Um absurdo de orgia dos assaltantes. Mas esta é a realidade a que vivemos nos arrebóis do Bosque dos Buritis, quiçá em toda Goiânia, destes tempos.
Para o público que faz caminhadas todos os dias na orla da reserva florestal, sem mensurar a parte interna, atentos aos movimentos das pessoas, é visível se observar a inquietude dos andantes, vez que já passaram pela experiência ou carrega o medo de passar por ela. Inobstante ao cenário de inquietes que estamos envolvidos, o Bosque dos Buritis está substancialmente desassistido pela Polícia, e, o ideal seria disponibilizar-se a cada 500 metros da orla, uma viatura da corporação para monitorar o ambiente carregado de famílias e transeuntes de bons costumes. Acrescente-se a isso, a presença física de policiais disfarçados para cobrir os espaços por todo o Parque.
A limpeza e conservação das calçadas por onde locomovem os usuários apreciadores das caminhadas diárias, sofrem com o desgaste natural do piso. De fato, um bom trabalho especialmente para rever as árvores podres do Bosque, põe em risco a vida das pessoas e o estrago que causa quando de suas quedas nos tempos chuvosos. Registre-se, por oportuno, a lembrança de que tais reparos foram executados apenas no último mandato do Prefeito Iris Rezende. Todavia, sonhamos em conviver com o perfil administrativo a ser despojado pelo novo mandatário no pressuposto de recuperar o prazer dos beneficiários do Bosque dos Buritis e os espaços físicos de toda a Capital, apesar os desafios que vai enfrentar por todos os cantos da cidade.
Agora, é evidente que um cuidado especial seja envidado para destacar maior número de oficiais da PM para socorrer a nossa população naquelas redondezas e, sem dúvidas proteger o Bosque dos Buritis.
(Davi Fagundes, advogado e cidadão goianiense. [email protected])
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