Cotidiano

Desconfiados com a Black Friday

Diário da Manhã

Publicado em 24 de novembro de 2016 às 00:45 | Atualizado há 1 semana

Amanhã acontece mais uma edição do evento de marketing conhecido como Black Friday. Nesta data, lojas varejistas, virtuais e físicas anunciam ofertas de produtos e serviços com grandes descontos.

A Black Friday foi importada pelos brasileiros em 2010 inicialmente como uma estratégia online de vendas. Ela é comemorada na terceira sexta-feira do mês, um dia após o dia de Ação de Graças.

O evento mercadológico é realizado no fim do ano, principalmente, por referir-se a um período de conforto financeiro para os varejistas.

Os descontos oferecidos durante a Black Friday podem chegar a 90%, gerando tumultos e correrias nas lojas e shoppings que costumam funcionar em um período maior ao comum. O Goiânia, Araguaia e Buriti Shopping terão funcionamento alterado para melhor atender seus clientes.

Consumidores

Muitos consumidores goianos estão com o pé atrás em aproveitar as promoções oferecidas pelas lojas. Rute de Kássia alerta que se não houver pesquisa prévia, as chances de sair lesada por falsos descontos é grande. O maior medo dos consumidores, segundo Rute, é a maquiagem de preços, em que os lojistas aumentam os preços dos produtos dias antes do evento para, depois, reduzir ao valor original vendendo sob o pretexto de desconto.

Apesar do medo, Díeyne Emilly está ansiosa para as promoções. “Nunca comprei nesse ano. Quero comprar uma cadeirinha para meu bebê, já escolhi o modelo e venho pesquisando os preços. Espero encontrar bons descontos e que não sejam só enganação”, comenta Díeyne.

Bruna Moraes reclama da data escolhida para o evento. “Fazem a Black Friday antes da primeira parcela do décimo terceiro salário e no final do mês. Quebrando, assim, o brasileiro que não tem condições de esperar a chegada do evento. Acredito que se fosse feito próximo ao dia em que as pessoas recebem o salário ou as parcelas do décimo terceiro, o lucro seria maior. Muitas pessoas não estão preparadas para o Black Friday, como eu, já que ao final do mês o dinheiro está curto”, explica.

Alerta

Apesar dos grandes descontos oferecidos pelas lojas, no Brasil ainda existem muitos oportunistas que se aproveitam da data para aplicar a chamada “metade do dobro”, quando as empresas participantes elevam os preços antes da promoção para reduzir, no dia do evento, para o valor real.

O Procon Goiás já iniciou a tomada de preços de diversos varejistas de todo o País para verificar a existência de fraudes nos descontos dos preços dos produtos. A prática conhecida como ‘maquiagem de preço’ é a principal reclamação dos consumidores neste período do ano.

Além da fiscalização, o Procon Goiás faz diversos alertas sobre os cuidados que devem ser tomados durante as compras de fim de ano. O órgão recomenda fazer a pesquisa dos preços dos produtos que você deseja adquirir nas promoções para não ser enganado. As orientações sugerem que se evite comprar por impulso e adquirir itens desnecessários para não endividar-se.

Um dos perigos, alerta o órgão, está nas compras onlines. O consumidor deve atentar-se às políticas de privacidades oferecidas pelos sites e a segurança oferecida pelos portais e lojas virtuais. O desconto pode ser real, mas algumas lojas abatem o valor do desconto no frete, o que pode tornar a compra menos vantajosa.

Reclamações

Apesar de ser conhecida no Brasil como ‘Black Fraude’, a Black Friday desde o seu surgimento no Brasil apresentou número menor de reclamações no ano de 2015, conforme o site ‘Reclame Aqui’. O número de queixas caiu cerca de 33% em relação ao ano anterior.

Kabum, americanas.com, Submarino, Netshoes e Magazine Luiza são as lojas virtuais mais denunciadas, tendo, respectivamente, 688, 431, 376, 155 e 143 denúncias de propaganda enganosa.

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