Entretenimento

Como cooperar com a biosfera

Diário da Manhã

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 01:15 | Atualizado há 6 anos

O advento da Racionalida­de Ambiental no âmbito da consciência huma­na é imprescindível para que uma nova concepção existen­cial se materialize nos cenários da convivência humana e na convivência do homem com a biosfera. Ainda que belos e elo­quentes discursos, recheados de uma terminologia específi­ca da questão ambiental, sejam cada vez mais constantes nas esferas intelectuais, sem a me­tanóia para impulsionar o sal­to quântico capaz de romper a cadeia contínua dos equívocos geradores de outros equívocos, o futuro, ou seja, o verdadeira­mente novo, que não pode ser a continuação do passado reedi­tado com novas aparências, não pode se apresentar.

A mente condicionada e identificada sempre cai no en­godo da hipnose da expectativa quando adota como referencial uma racionalidade mecanicis­ta que ainda não se deu conta de que as complexas interações que operam na biosfera da Terra expressam claramente um mo­delo de auto regulação, como já o demonstraram o meteorolo­gista da Nasa, James Lovelock e a bióloga Lyn Margullis, portan­to, devem ser encaradas como expressão de um complexo or­ganismo vivo.

A difícil transposição no modo de pensar e de ver resi­de no fato do homem, em geral, não se dar conta de que muitas de “suas opiniões e concepções adotada” resultaram de influên­cias culturais e de condiciona­mentos acumulados que não foram devidamente compreen­didos. Num certo sentido, pre­cisamos nos livrar de uma parte “nós mesmos” para encontrar­mos um nível mais profundo do nosso ser. Ao modo de alguém que sobe num balão e contem­pla a paisagem antes percorri­da por terra e só nessa posição exaltada vê que toda ela é uma unidade, embora com diversas facetas diferentes, o homem que vai vencendo a si mesmo, vai sentindo cada vez mais a uni­dade subjacente à pluralidade da existência.

Pedras amorfas, minerais ,se­res unicelulares, plantas, ani­mais, homem, Terra, sistema solar, via láctea e outras galá­xias do cosmo expressam uma ordem de complexidade cres­cente e a inteligência humana pode ser capaz não apenas de descrever tudo isso intelectual­mente, mas de sentir a cone­xão de todas essas dimensões e colaborar conscientemente e solidariamente em favor dessa harmonia, deixando para traz as ilusões separatistas perpe­tuadas pela mente ainda frag­mentada.

 

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