Aquecimento global
Diário da Manhã
Publicado em 14 de agosto de 2018 às 22:38 | Atualizado há 6 anosA temperatura média do planeta cresce. De forma acelerada. Em comparação com 2015, o ano de 2016 trouxe elevação de 0,94 graus centígrados. Mais alta do que a média do século 20. O ano de 2016 teria sido o mais quente da história. Trata-se do maior índice dos últimos 137 anos. Os registros de temperatura foram iniciados em 1880. No século 19 ainda. A tendência é de crescimento da temperatura e de quebra de recordes. Ano a ano. É o aquecimento global.
Secas intensas, ondas de calor, como as que ocorrem, hoje, em Portugal e Espanha, com temperaturas que ultrapassam 45 graus. Al Gore aponta a relação intrínseca entre o efeito estufa e o aquecimento global. Pato, Donald Trump ameaça retirar o Estados Unidos das Américas [EUA] do Pacto celebrado na Conferência do Clima de Paris, realizada no ano de 2015. Fórum que estabeleceu múltiplas metas. De redução da emissões de poluentes CO2 na atmosfera.
O aquecimento global poderá também produzir inundações de rios. Onde? Nos Estados Unidos e em parte da Ásia, África e da Europa Central. O número de pessoas atingidas pelas inundações deverá ser assustador. Como aponta pesquisa da Science Advance. A América do Sul, com o Brasil inserido, corre o risco de ter 12 milhões de habitantes afetados por inundações. Pasmem! A África sofre ameaça de ter nada mais, nada menos do que 34 milhões atingidos.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, instalado, em Estocolmo, Suécia, País que possui o maior Welfare State, Estado do Bem-Estar-Social, construído nos séculos 20 e 21, aponta que as evidências geofísicas, materiais, das mudanças climáticas em curso, mostram que 95% das probabilidades seriam de que a ação predatória do homem contra a natureza teriam motivado os índices. Trocando em miúdos. O homem é o responsável pelo aquecimento.
Levantamento traz a relação de 67 cidades do Estado de Goiás sob ameaça, hoje, no segundo semestre de 2018, de crise hídrica. O número poderá crescer. A falta de água bate à porta do cidadão. É a resposta pela destruição dos mananciais. Das matas ciliares. Da ocupação irregular do solo. Da captação ilegal de água. Da ineficiência da fiscalização contra os humanos predadores. Da manutenção da economia fundada em combustíveis fósseis e da ausência do Estado.
(Jacqueline Cunha, graduada em Pedagogia, mestre em Ciências e doutora em Educação, em Portugal, consultora da ONU para o Timor Leste e pesquisadora do Aquecimento Global. Mulher insubmissa, de formação enciclopédica, cultura iluminista e de ideias modernas)
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