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Antes dos dinossauros

Redação

Publicado em 11 de agosto de 2018 às 22:36 | Atualizado há 6 anos

Enquanto continuamos com a angustiante incerteza sobre a vida fora da Terra, a ficção cien­tífica já enriqueceu o próprio universo com as mais intrigan­tes criaturas do espaço. Em em 1969, o escritor norte-america­no Michael Crichton deu uma importante contribuição para o gênero ao falar sobre o exter­mínio da população de uma pe­quena cidade por um micro-or­ganismo espacial. Lançado este mês pela Editora Aleph, O Enig­ma de Andrômeda tornou-se re­ferência entre os romances que imaginam o que existe fora da Terra, já adaptado para o cine­ma com direção de Robert Wise em 1971, e para uma minissérie produzida por Ridley Scott em 2008, indicada a seis Emmy. Pri­meiro best-seller de Crichton, a obra também mostra os primei­ros traços da força narrativa do autor, que anos depois conquis­taria uma legião de fãs com os sucessos contemporâneos Ju­rassic Park e O Mundo Perdido.

A TRAMA

O livro narra a tragédia de Piedmont, um munícipio no deserto do Arizona que teve a população dizimada, após um satélite militar contaminado cair na região. Mas em vez de armas apontadas para seres à la O Enigma de Outro Mun­do, é por um microscópio que a ameaça é revelada. A partir daí, um grupo de cientistas do governo entra em cena, bus­cando por respostas que signi­ficam a salvação da própria raça humana. E um idoso alcoólatra e um bebê recém-nascido, so­breviventes do massacre, po­dem ser a solução do enigma.

Influenciado pela formação médica de Crichton, O Enigma de Andrômeda explora concei­tos verossímeis para construir sua própria ciência – o que tor­na o micro-organismo espacial mais real que o próprio ar que respiramos. Além disso, na ten­tativa de decifrar os mistérios que envolvem o desconheci­do, a obra associa o seu rico sus­pense a elementos que também a tornam uma espécie de diário de bordo científico.

Por outro lado, ao mesmo tempo que submerge para um universo aparentemente com­plexo com suas fórmulas e da­dos genéticos, Crichton cons­trói uma história acessível, que atrai o leitor para um uni­verso intrigante e volátil, em que cada etapa no processo de descoberta desencadeia novas possibilidades. Assim, fica fá­cil entender porque Michael Crichton se destacou como um dos grandes autores da literatu­ra techno-thiller.

Já publicados pela Editora Aleph, Jurassic Park e O Mundo Perdido venderam mais de 45 mil exemplares. Neles, Crichton narra o que aconteceria se fos­se possível recriar dinossauros em laboratório. Agora, é tempo para observar o que ele imagi­nou ao olhar com mais atenção para as estrelas e uma pequena cidade do Arizona.

AUTOR

Michael Crichton nasceu em 1942 em Chicago, no esta­do de Illinois, nos Estados Uni­dos. Graduou-se na Harvard Medical School e defendeu seu doutorado em Políticas Públi­cas pelo Salk Institute for Bio­logical Studies. Seus livros já foram lançados no mundo in­teiro, tendo sido traduzidos para mais de trinta línguas. Pelo menos treze deles foram adaptados para o cinema.

 

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