Pai – amor, afeto e cuidado
Diário da Manhã
Publicado em 11 de agosto de 2018 às 21:22 | Atualizado há 6 anosEste Segundo Domingo do mês de agosto é destinado às comemorações da Vocação Familiar, por isso comemora-se o Dia dos Pais. Celebra-se a vocação da família na pessoa do pai. Em tempos de violência e perda de valores, a valorização da família é essencial para a sociedade como um todo. A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e da fraternidade, colaboradora da obra da Criação.
O Pai, na família, é fundamental! Seu papel de educador, em colaboração com a mãe, é um dos pilares da unidade e bem-estar familiar, cujos frutos são filhos bem formados e conscientes do que significa ser cristão e cidadão. O pai é representante legítimo de Deus perante os filhos e é sua missão conduzi-los nos caminhos de Cristo, da verdade, da justiça e da paz. Cabe aos pais orientar os filhos de tal forma, que o seu lar seja permeado pelo amor, segurança e harmonia.
O pai, como patriarca da família hoje, tem uma conotação diferenciada do que se estabeleceu de patriarcado do Brasil Colônia, quando a sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho; abaixo, aparecia uma camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana. Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.
Já na Bíblia, antes de Cristo, a ideia de patriarcado tinha o pai como o líder da família (Gênesis 22:10; 28:24), o chefe militar, sacerdote da família, o profeta da família. Dessa forma, hoje nossa sociedade, ainda preserva o legado patriarcal no sentido cristão, embora, lamentavelmente, alguns desvarios de nossa sociedade ainda estão presentes na família, em relação às mulheres e aos filhos. A ideia de patriarcado com referência na Bíblia Sagrada, não se confunde com o patriarcado vivenciado no Brasil Colonial. No entanto, modernamente, o pai vive todas as situações de conjunto, em que os membros que formam o lar são protagonistas de uma mesma história. Ali partilham com igual intensidade todas as alegrias, todas as tarefas e todos os problemas em conjunto, formando o grupo mais importante de uma sociedade – a família.
Ser pai é assim, cuidar como se fosse mãe e como se fosse filho. É sentir, é ter compromisso, é amar, é doar-se. É ter a alegria de poder dizer que tem uma família e de ser correspondido, em todos os dias, no aconchego do lar. Ser pai é ser dócil para dizer sim e ser pai para dizer não, sobretudo, quando a mãe se sente enfraquecida. É olhar cada dia da vida como uma dádiva. É cumprir o significado de patriarca, no sentido mais democrático possível! Tendo como base o diálogo. É essencial para os filhos, que eles compreendam que os mais velhos têm a soberania da experiência, respaldos na cultura do bem e da harmonia. Ser pai é correr no parque com seu filho, rolar no chão, estar atento aos gestos mais singelos da criança ou do jovem. A família está carente de pai, tendo em vista que o pai, mais que a mãe, está sempre fora, mas os momentos são eternos se bem aproveitados e os filhos jamais esquecerão aquele gesto de amor. Ser pai é vivenciar todas as alegrias da paternidade, sem descuidar da autoridade de pai, que educa com base valores da família, para a boa convivência na sociedade.
Que neste Dia dos Pais, todos os pais, desde os iniciantes desta missão, aos que já estão colhendo os frutos de anos de dedicação aos seus filhos pelos anos idos, sejam notados dentro da família e sejam referenciados pela doçura de fazer perpetuar a família de Deus.
(Célia Valadão Secretária Municipal de Políticas para as Mulheres, Cantora e Bacharel em Direito)
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