Reforma ética para mudar o País
Diário da Manhã
Publicado em 9 de agosto de 2018 às 00:15 | Atualizado há 6 anosReforma Política, Trabalhista e Previdenciária tomaram o noticiário brasileiro nos últimos meses. De Norte a Sul do país, telejornais, redes sociais e rodas de conversas foram pautadas pelas propostas de mudança colocadas em curso pela classe política que nos representa no Congresso Nacional.
Não bastasse a delicadeza de cada um destes assuntos, eles surgiram em meio ao turbilhão no qual a política nacional se transformou após impeachment e denúncias cotidianas de corrupção em diversas instâncias de atividade da máquina estatal. Nomes comumente associados a escândalos e outros até então discretos passaram a figurar diariamente em manchetes pouco afáveis. A derrocada de uma velha política se evidenciou.
Toda esta agitação culminou em um sentimento comum junto ao povo brasileiro, que mais do que todas as reformas até então em curso, entendeu que do que o Brasil mais precisa é de uma reforma Ética, de princípios.
O cenário não poderia ser pior. Falta de confiança na classe política e falta de confiança nos mecanismos estatais, sem contar na crise econômica que assolou a nação. Mas a possibilidade de um colapso nas instituições políticas despertou no brasileiro o adormecido interesse pela administração pública. Ou melhor, por aqueles que administram os bens públicos.
Da apatia generalizada, a crise fez aflorar em cada um de nós o senso de cidadania, de justiça. Então agora, ciente de sua força, a população se volta contra corruptos e deixa claro que não há mais espaço para quem só deseja se utilizar da máquina pública para satisfazer interesses próprios.
Nomes ligados a escândalos de corrupção despencam nas pesquisas. Alguns saem de cena, outros buscam um novo direcionamento. Mais do que propaganda, marketing ou discurso, no momento atual nada fala mais alto do que o histórico pessoal, a trajetória de cada figura pública que busca se tornar representante dos anseios e guardião dos direitos do povo.
O cidadão que despertou da apatia política não confia mais em promessas. Para se eleger em outubro, o candidato terá como principal credencial sua ficha limpa. O histórico de uma reputação política ilibada vale, neste simbólico ano de 2018, mais do que minutos de televisão ou fundos para campanha. São os ventos que germinam um novo campo na política brasileira.
(José Mário Schreiner, produtor rural e presidente licenciado do Sistema Faeg Senar)
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