Polícia aplica multa de R$ 1,7 mi em crime ambiental
Diário da Manhã
Publicado em 27 de julho de 2018 às 00:42 | Atualizado há 1 semanaA Dema–Delegacia Estadual de Repressão à crimes contra o Meio Ambiente finalizou nesta quinta-feira mais uma operação Goiânia Cidade Limpa. A operação foi iniciada em março deste ano. Durante quatro meses foram produzidos 159 inquéritos e TCOs, e aplicados R$ 1, 729, 500 em multas.
Esta é a 5ª vez em 8 anos que a Dema faz este tipo de operação, sempre atacando situações de degradação do meio ambiente que porventura venham a ocorrer com mais intensidade em cada vez em que é mobilizada a força tarefa.
Neste ano a operação mirou vários pontos e em todos houve uma ação dura com o apoio de vários órgãos, entre eles o Ministério Público, a Polícia Técnico Científica, O Crea–Conselho Regional de Agronomia e Arquitetura, a Amma–Agência Municipal de Meio Ambiente e a Secima–Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos
O delegado Luziano de Carvalho, titular da Dema e responsável pela operação, avaliou de forma positiva os trabalhos. Para o delegado uma operação como essa envolvendo vários órgãos consegue uma ação mais consistente contra as pessoas que não respeitam as leis e continuam poluindo o meio ambiente.
“Este tipo de operação é fundamental para combater todo tipo de poluição em nossa cidade. Quando vários órgãos trabalham juntos fica mais fácil identificar e punir o infrator. O apoio do Ministério Público, dos fiscais da Amma, da Secima, do Crea e dos policiais da Polícia Técnica Científica, foram de fundamental importância para o êxito da operação”.
PRÉDIOS
O delegado Luziano de Carvalho explica que este ano a operação buscou expandir a ação em várias áreas. “Investigamos e atuamos os proprietários de prédios abandonados, propaganda irregular em postes e árvores, empreendedores potencialmente poluidores atuando sem licença (lavanderias, lava jatos, oficinas mecânicas, granjas), empresas de panfletos e loteamentos irregulares em áreas de preservação ambiental”.
Foram acionadas na justiça a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) por emissão de poluentes no Rio Meia Ponte, o município de Goiânia devido a uma erosão no setor Jardim Conquista que ocasionou o rompimento da rede pluvial local e a Saneago por rompimento de uma tubulação de esgoto com o esgoto correndo a céu aberto sem a devida providência tomada. Além de órgãos públicos foram acionados juridicamente também empresários poluentes de vários setores e o banco Itaú da avenida Goiás com a Anhanguera.
“Aquele prédio ali era um barril de pólvora. Somente o térreo tá sendo ocupado. Os dois subsolos estavam cheios de processos e arquivos; e os demais andares com muito material combustível, tipo tacos que soltaram, fiação elétrica descascada, morada de pombos e urubus. Pichadores também atuavam no local. Como o proprietário do prédio é o Banco Itaú, tive que acioná-lo na justiça. A advogada do banco me informou que iria fazer a limpeza do prédio e verificar as condições gerais do imóvel para evitar futuros acidentes. A operação acabou, mas vamos ficar de olho nos poluidores do meio ambiente da capital em todas as áreas ”, conclui Luziano de Carvalho.
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