A hora do etanol
Diário da Manhã
Publicado em 25 de julho de 2018 às 23:55 | Atualizado há 7 anosDepois da greve dos caminhoneiros, o preço do álcool, combustível que era encontrado até a R$ 2,39, chegou a R$ 2,99. Com o fim da greve, o litro de álcool baixou um pouco, para R$ 2,89 e R$ 2,79, mas nunca voltou aos valores praticados antes da greve que mexeu com a economia brasileira. Nos últimos dias, alguns postos têm baixado ainda mais um pouco do álcool combustível, com o litro sendo vendido a R$ 2,69.
Uma frentista de um posto de gasolina que pertence a uma rede em Goiânia disse que o gerente fez uma pesquisa e resolveu abaixar o preço do litro do álcool para ficar mais competitivo. Já o preço da gasolina continua alto, bem distante da margem de 70% em relação ao álcool. Com a queda do preço do álcool, nestes postos o litro sai a 55% do valor do litro de gasolina, que faz o consumidor optar pelo abastecimento com etanol.
O presidente do Sindiposto, Márcio Andrade, afirma que não há nenhum motivo real para a queda do preço do álcool em alguns postos. “Não houve alteração nos preços praticados pelas distribuidoras que motivasse uma queda de preços na bomba. Esta redução do valor cobrado pelo litro de etanol ocorre por dois motivos: o fato de julho ser um mês de férias, o que diminui o volume das vendas e necessidade de ter dinheiro em caixa no fim de mês para honrar os compromissos”.
Segundo a assessoria de imprensa do Sifaeg – Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás, não há nenhum motivo novo que motivasse a queda de preços por parte dos empresários do setor. Diz ainda que as usinas estão com a produção normal de etanol e os produtores em plena safra de produção de açúcar em Goiás. A única explicação plausível seria o fato da queda nas vendas devido às férias do mês de julho. Como é final de mês, muitos postos optam pela redução nos preços para poder fechar as contas.
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