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Três Marias

Diário da Manhã

Publicado em 17 de julho de 2018 às 00:06 | Atualizado há 3 semanas

Cada mulher é, de fato, um ser único, cheio de dilemas e peculiaridades. O que to­das têm em comum, além de poder gerar vidas? Ter de conviver com um sistema patriarcal que as limi­tam e traz cobranças humanamen­te impossíveis. Mas a força para lu­tar contra tudo isso resiste décadas a fio. E a garra feminina não passou despercebida pelos olhos do ator e comediante para homenagear as mulheres. , dirigiu e atua no monó­logo Lugar de Mulher… Uma Sátira ao Machismo. Há duas décadas em cartaz, o espetáculo será encenado hoje em Goiânia pela primeira vez. A apresentação vai acontecer no Teatro Sesi, às 20 horas, dentro da série Terça no Teatro.

Em cena, o comediante inter­preta em cena três mulheres às voltas com problemas familia­res, sobretudo com o marido, nos quadros: “Sua Batata Está Assando”, “Odeio Praia” e “Rodízio de Chu­chu”. Em todas as esquetes Cláu­dio Ramos dá vida a personagens que dividem o mesmo – e simbó­lico – nome: Maria.

Em “Sua Batata Está Assando, o comediante vive a Maria, uma mulher submissa, que questiona seu relacionamento com o mari­do, depois de se apaixonar plato­nicamente por um feirante. Ela re­siste ao possível envolvimento em nome da estrutura familiar.

Já no quadro “Odeio Praia traz a “candidata” Maria Lucrécia, uma socialite emergente nascida e cria­da em Niterói (RJ). Mesmo se exer­citando em uma academia de gi­nástica, tem outro objetivo: deseja conhecer a amante do marido. Mas, entre um exercício e outro, Maria se lembra da infância hi­lariante e das muitas aventuras e desventuras em Iguabinha.

Agora, a esquete “Rodízio de Chuchu” mostra outra Maria mui­to bem humorada. É a típica inte­riorana, casada com um português, sem vida sexual, mas totalmente dedicada à família. Enquanto pas­sa roupa, ela conversa com o locu­tor de seu programa radiofônico preferido: “No Cantinho do Fogão”.

Segundo o autor, ator e dire­tor “Lugar de Mulher… Uma Sáti­ra ao Machismo” homenageia as mulheres sem recorrer a interpre­tações caricatas. É dialogar de for­ma verossímil e leve com públicos diversos. “Fiz um intenso trabalho de composição e hoje tenho cer­teza de que transmito suavidade e delicadeza com minhas Marias. Cada pessoa se identifica à sua ma­neira com as personagens. As Ma­rias que personifico são mães, fi­lhas, tias, avós, primas, madrinhas, mulheres do universo de cada um de nós”, explica Cláudio Ramos.

O surpreendente é que em ple­no século 21 a mulher ainda con­viva com tanto machismo”, afirma Cláudio Ramos.

SÁTIRA

“Lugar de Mulher… Uma Sátira ao Machismo” estreou em feverei­ro de 1998, no Teatro Princesa Isa­bel (RJ). Ficou três meses em car­taz. Depois foi para o Teatro Abel, em Niterói, e cidades do interior fluminense. Percorreu inúmeras cidades do Estado de Minas Ge­rais, incluindo quatro tempora­das em Belo Horizonte. Em ou­tubro de 1999 ganhou o Prêmio Cidade de Vitória de Melhor Es­petáculo do II Festival Nacional de Monólogos, realizado na capi­tal capixaba.

A comédia foi selecionada en­tre 42 espetáculos de todo o Brasil. Conquistou os prêmios de Melhor Ator e Melhor Produção, conferi­dos pela Apac (Associação de Pro­dutores de Artes Cênicas de Juiz de Fora), em 2008.

SERVIÇO

Lugar de Mulher… Uma Sátira ao Machismo no Terça no Teatro

Quando: Hoje, às 20 horas

Onde: Teatro Sesi (Av. João Leite nº 1.013, Setor Santa Genoveva)

Informações: (62) 3269-0800

Classificação etária: 12 anos

 

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