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“Manjericão” apresenta uma travessia de enfrentamentos, rios e aromas

Redação

Publicado em 24 de junho de 2018 às 01:13 | Atualizado há 7 anos

Em busca de sua identidade, a personagem, que navega pelo uni­verso mitológico afro-indígena bra­sileiro, percebe o manjericão como uma vontade simbólica, em sua tra­vessia desde a vida na infância per­meada de ficção, medo, mistérios e sonhos, chegando ao adulto que está continuamente se construin­do em coragens, enfrentamentos e descobertas. Nesse fluxo que o experimento cênico “Manjericão” será apresentado na terça-feira, 26, às 19h30 no Lacena, teatro laborató­rio da Escola de Música e Artes Cê­nicas da UFG (Emac), localizado no Campus Samambaia, com entrada franca e contribuição voluntária.

Manjericão é um experimento cênico, construído com referências em diversas linguagens, que pas­sam pelo teatro, dança dos orixás, danças brasileiras, performance e circo contemporâneo. Atravessa­dos pelos cheiros-memórias, que se misturam às vivências e pesqui­sas do próprio ator Iago Araújo, pelo universo mitológico afro-indígena brasileiro, que acabou se tornan­do também um artigo feito dentro do programa de iniciação ciêntifica da Universidade Federal de Goiás.

“Manjericão é uma pesquisa corporal e cênica que nasce tam­bém da intenção de re-significar os sentidos do olfato e do tato. A plan­ta manjericão é o foco do interesse. Então as possibilidades de uso da planta e a água como mistura, criam desdobramentos para experimen­tos e significâncias para este pro­cesso criativo”, explica Iago Araújo.

Ao navegar pelo universo mito­lógico afro-indígena brasileiro, dois principais mitos se juntaram para inspiração do processo criativo: O do orixá Omolu, entendido como o “O Senhor da Terra”, foi abando­nado no mar, quando nasceu, por sua mãe Nanã , caranguejos vieram e deixaram seu corpo cheio de fe­ridas, Iemanjá encontrou e criou o menino, deu-lhe uma roupa de palhas não para esconder suas fe­ridas, mas porque seu corpo brilha­va igual ao sol. Este menino cresceu e tornou-se um grande guerreiro e feiticeiro que possui poder sobre a vida e a morte, da cura e da doença; e da Boiuna, uma índia que foi joga­da no rio Tocantins e se criança tor­nou uma cobra gigante, tem corpo tão brilhoso que reflete a luz da lua, é capaz de derrubar embarcações e engolir pessoas.

Sobre a escolha do manjericão enquanto uma vontade simbólica o ator explica que “há séculos que o manjericão é conhecido e utiliza­do por diversas culturas, para diver­sos fins. Para nós ele é um meio, um viés, que impulsiona uma marcha à ré e um avanço”, conclui Iago Araújo.

Uma ação artística que se ins­pira na africanidade e seus ensina­mentos, sendo um dos mais mar­cantes deles o Ubuntu, que significa eu sou porque somos, e assim o ex­perimento cênico Manjericão sur­ge devido a contribuição de muitas pessoas. Participaram do processo de criação do experimento cênico: Cássia Nunes, Valmir Filho, Raquel Rosa, Elisa Abrão, Thiago Cohen, Thiago Santana e Allan Santana; atuação: Iago Araújo ;composição sonora: Sarah Menezes; Direção Geral: Lina Reston; orientação cor­poral e de pesquisa: Renata Lima; direção de Arte: Gilson Andrade; figurino: Naya Violeta; trilha Sono­ra: Breno Bragança; iluminação: Ro­drigo Horse; produção e Assessoria de Comunicação: Negah Lô–Lore­na Dias;

Fotografia: Io Hardy e a criação dos design peças de divulgação também por: Iago Araújo.

FOTO: IO HARDY

MANJERICÃO

Local: Lacena–Teatro Laboratório Da Emac

Dia: 26/06/06 Horário:19h30

Classificação: Indicado para maiores de 14 anos

Entrada: Contribuição Voluntária

Endereço: Bloco C da Emac–Escola de Música e Artes Cênicas–UFG– Campus Samambaia–Avenida Esperança

 

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