O Catete
Diário da Manhã
Publicado em 25 de outubro de 2018 às 02:51 | Atualizado há 6 anosNa manhã de terça-feira, 9 de outubro de 2018, via-me no Rio de Janeiro e satisfiz um desejo pessoal que me acompanhava há muitos janeiros: conheci o Palácio do Catete. Apreciáveis me são os museus. Desde os tempos de ginasiano, tomei gosto de colher informações e curiosidades sobre nossos presidentes da República. Daí o interesse em ver o quarto onde Getúlio morreu, o pijama que o vestia na ocasião e o revólver que ele acionou contra o próprio coração para não ser novamente deposto, pois o fora no dia 29 de outubro de 1945. Seu trágico gesto comoveu a Nação e adiou a quartelada para 1º de abril de 1964. Estava eu ciente de que ele e Afonso Pena foram os presidentes brasileiros perecidos quando exerciam seus mandatos. Vargas, 24 de agosto de 1954; Pena, 14 de junho de 1909. Ignorava, contudo, que o fizeram no mesmo aposento.
A professora Larissa, consorte do jornalista Ferando Machado,meu filho caçula, pelo celular agendara essa e outras visitas, e lhe avisaram que esse fatídico dormitório se encontrava fechado para reforma e por isso não o veríamos, mas fomos agraciados com a antecipação da sua reabertura. Foi uma manhã inolvidável para mim e meus amados que me acompanhavam na Cidade Maravilhosa.
No fim da tarde do sábado, 6 de outubro, no Mário Filho, houve Fla-Flu pelo Nacional, e me surpreendi não me interessando em ir-me ao estádio. Tricolor apaixonado desde 1956(nasci em 1944) ansiava ver, no estádio, o mais charmoso clássico do futebol brasileiro, mas me desiludi tanto do meu Fluminense que perdi o interesse de vê-lo na minha frente, sem uma tela de televisão entre os jogadores e mim. Não creio que o Flu saia do buraco das pesadas dívidas. Em vez de Fla-Flu, com Ilsa, minha esposa; com Larissa e a neta Eloá fui a uma apresentação da balé, no Municipal. Meus filhos Joaquim e Fernando, meu neto Davi, que são tricolores, e a neta Mariana, que torce pelo Santos, preferiram esse jogo e viram a vitória rubro-negra por 3 x 0.
A Biblioteca Nacional era outro lugar que muito pretendia conhecer, e agora o fiz. Foi um belo passeio. Confeitaria Colombo, Gabinete da Leitura, Museu Hiatórico Nacional, Museu do Amanhã, Corcovado, Jardim Botânico, Aqua Rio, Paço Imperial, Palácio Tiradentes, Forte e praia Copacabana.
E a violência urbana? Ela é mais grave no noticiário tendencioso do que na realidade. Sou carioca de coração. Viva o Rio!
(Filadelfo Borges de Lima, filadelfoborgesdeli[email protected])
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