O poeta das letras
Diário da Manhã
Publicado em 19 de outubro de 2018 às 00:04 | Atualizado há 6 anosMais uma vez não consegui me conter e, eis-me aqui, escrevinhando sobre mais um artigo do nosso editor-geral Batista Custódio – ao qual alcunhei de “poeta das letras” logo depois de ler, pela primeira vez, um dos seus textos, logo que cheguei à Goiânia, em 1999 – aliás, é bom mencionar, eu nem imaginava que escreveria, semanalmente, para este matutino vanguardista, pois, só viria a fazê-lo – e que honra! – a convite do “Seu Batista” em dezembro de 2010, doze anos mais tarde, com o artigo sobre o seu melhor amigo, o colendo Alfredo Nasser, (1905-1965), sob o título: “A foto na foto” – bem, não vou ficar gastando espaço e nem o tempo, do misericordioso leitor, “rasgando seda”, enfim, vou transcrever, logo, um parágrafo do texto intitulado: “O acendedor de horizontes”, publicado na capa da edição do dia 15, segunda-feira, ei-lo:
“Ao olhar na foto a solidão do Marconi ajoelhado contrito na catedral de Goiânia, sozinho dos amigos e cheio de tristeza, e ao ver na foto a felicidade do Ronaldo na igreja Nossa Senhora Aparecida, no povoado de Areias, cheio de gente e vazio de desolação, dividiu-me o emotivo entre a congratulação ao ex-governador – pela chance que lhe concede agrura de livrar-se do contágio das más companhias e de esclarecer as ilicitudes que o rastejaram na rejeição popular e hospedaram-no em uma cela da Polícia Federal –, e os pêsames ao futuro governador – pelo Estado raspado de dinheiro, entulhado de dívidas e, sobretudo, pela reação assediosa que terá que resistir penosamente para reoceanizar de ideias os desertos mentais e reflorestar de honras as taperas morais de políticos remanescentes das locas do atraso armazenado”.
Até.
(Henrique Gonçalves Dias, jornalista)
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