Eleição está chegando
Diário da Manhã
Publicado em 17 de setembro de 2018 às 23:39 | Atualizado há 6 anosEstamos a 19 dias das eleições presidenciais e até o momento há uma indefinição sobre quem vai para o segundo turno. Já sabemos quem não vai com toda certeza, mas ainda é impossível imaginar quem serão os dois ungidos pelas urnas. Nas últimas pesquisas o candidato estaqueado, Jair Bolsonaro, é apontado como o que tem maior chance de chegar ao segundo turno.Quando aconteceu o incidente em Juiz de Fora, que petistas fanáticos insinuaram ser fantasioso, a turma de adeptos do candidato do PSL chegou a bancar nas redes sociais que a vitória seria no primeiro turno. Não foi bem assim. Houve crescimento, embora dentro da margem de erro e a rejeição permanece alta. Bolsonaro chegou a ser apontado como um possível adversário de Lula num segundo turno. Se tal acontecesse, seria derrotado com facilidade. Agora as pesquisas mostram que venceria, apertado mas venceria, o real candidato do PT, Fernando Haddad, a novidade das últimas pesquisas. O petista cresceu com os votos dos lulistas e aparece agora como o mais provável segundo nome na próxima etapa da disputa. Há quem garanta até que ele tem uma votação mais consistente do que a do capitão do PSL. Pode ser, mas é preciso considerar que os dois tem algo em comum: são fruto do emocional. Bolsonaro que vinha em queda até encontrar uma rede involuntária do atentado, que o estabilizou e Haddad filho da vitimização de Lula que, aliás, promete indultar tão logo tome posse. Até quando o hospital e a cadeia vão segurar seus votos é a dúvida. No pelotão dos ainda com chances, Alckmin patina num discurso insosso, que não entusiasma nem os convertidos enquanto Ciro, como era perfeitamente previsto, tropeça na própria língua, deixando aflorar o que sempre foi, um político das antigas, coronelão do interior nordestino, dos que acreditava resolver tudo no braço e com um Parabellum na mão. Os demais, embora, ressalte-se, alguns com as propostas mais consistentes da campanha, são todos Emayel e Boulos. Sem qualquer chance de segundo turno. Inclusive Marina que, exposta ao sol das campanhas, sempre derrete.
(Paulo César de Oliveira, jornalista e diretor-geral da revista Viver Brasil e jornal Tudo BH)
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