O enigma está desvendado
Diário da Manhã
Publicado em 15 de setembro de 2018 às 23:19 | Atualizado há 7 diasUma reportagem publicada em 1997 no Diário da Manhã teria antecipado a existência do décimo planeta do Sistema Solar (na época em que foi veiculada a matéria pelo Diário da Manhã a União Astronômica Internacional ainda não tinha rebaixado Plutão à categoria de planeta anão e acreditava-se que o sistema solar tinha 9 planetas). O espeleólogo e ambientalista Antônio Carlos Volpone, que integrou grupo que fez expedição à região de Mara Rosa (norte goiano, 380 km de Goiânia) naquela época, aposta nesta hipótese e pede reconhecimento pelo pioneirismo. Ele foi entrevistado pelo impresso e apresentou imagens e gravuras em uma pedra localizada na região. “Está tudo na pedra. É incrível, pois diversas pessoas comprovaram este fato”, diz o espeleólogo, com a convicção de que participou de um grande achado científico. “Os dados relatam sobre a existência de um décimo planeta em nosso Sistema Solar, uma conclusão que só agora foi comprovada por cientistas”, disse o geógrafo Anderson Silva no DM do dia 30 de julho de 1997.
Em 2004, sete anos após a reportagem do DM, um objeto gelado, localizado a 13 bilhões de quilômetros da Terra, foi identificado como o décimo planeta do Sistema Solar. Apelidado de Sedna, o possível planeta possui entre 1.300 e 1.600 quilômetros de diâmetro.
Na época de sua descoberta não existia ainda consenso entre acadêmicos e cientistas de que Sedna seria mesmo planeta, mas um outro chamado informalmente de Xena foi descoberto em 2005 para acabar com as dúvidas de que exista de fato um forte pretendente a décimo planeta. Volpone reitera que a hipótese da existência do novo planeta estaria na disposição dos desenhos encontrados nas gravuras de Mara Rosa. Tudo foi registrado pelo DM antes que o assunto tomasse as páginas de ciências da mídia internacional.
Em Agosto de 2006, a resolução 5 da União Astronômica Internacional – UAI estabeleceu que para ser reconhecido como planeta, um corpo celeste deveria orbitar o Sol, ter massa suficiente para assumir um formato arredondado, tenha limpado a vizinhança de sua órbita, e a mesma resolução criou a categoria dos “Planetas anões” que deveria, orbitar o Sol, ter massa suficiente para assumir um formato arredondado, não limpou a vizinhança de sua órbita e não é um satélite.
Com estas definições da UAI, Plutão foi rebaixado à planeta anão e o recém descoberto 2003UB313 até então conhecido como Xena também foi rebaixado à planeta anão e recebeu o nome de Éris.
Existem estudos regionais realizados quanto ao material arqueológico encontrado em Mara Rosa, mas falta o interesse dos pesquisadores de outros países. Eles desconhecem o material encontrado no município. Chamados de petroglifos, estes desenhos representam inscrições rupestres que podem ser considerados como as primeiras manifestações artísticas do homem primitivo goiano.
A revista UFO, responsável por pesquisar objetos não identificados, respaldou as informações publicadas pelo Diário da Manhã em fevereiro de 1999, informa Volpone. Ele apresenta cópia da revista que repercutiu os feitos do grupo de pesquisadores goianos naquela ocasião. Outros meios de comunicação que repercutiram a descoberta foram a Revista Portal Vip (Catalão – Goiás) e Jornal Tribuna do Norte (Natal – RN). O espeleólogo diz que civilizações antigas tinham conhecimento dos movimentos no espaço, daí registrarem suas observações nas pedras que hoje enfeitam Mara Rosa.
MODERNAS TECNOLOGIAS
Para Volpone, mesmo baseados apenas na investigação visual, estes seres conseguiram antecipar o que acabou confirmado por modernas tecnologias nos últimos quatro anos. “Os desenhos ali são bem claros quanto ao que representavam, quem vê pessoalmente quase não acredita. É um fato extraordinário que civilizações primitivas tivessem tamanho conhecimento. Para mim, independentemente do que diz a UAI, o fato é que o desenho mostra um décimo corpo celeste em nosso sistema, independente dele ser considerado planeta ou planeta anão”, diz Volpone.
O espeleólogo acredita também que os índios responsáveis pelos desenhos nas pedras tiveram ajuda de outras civilizações avançadas. Neste caso, abriria discussão com outro grupo de pesquisadores–os ufólogos, que estudam a presença de seres extraterrestres. Volpone está intrigado com a qualidade dos desenhos e acredita nesta intersecção com povos de outro planeta. “Elas (as civilizações) apresentavam alguma espécie de conhecimento científico”, avalia.
A teoria levantada pelo espeleólogo recebe respaldo de outras pessoas que participaram de expedições na região. Anderson Silva, que comprovou a hipótese do décimo planeta ainda em 1997, afirma que ainda hoje está intrigado com os fatos presenciados no passado. Na época, estudante de geografia, ele confirmou seu espanto: “Quem desenhou já sabia que o homem não era o centro do universo, pela própria disposição das imagens. Possivelmente civilizações indígenas avançadas”, disse no jornal.
A revista UFO, uma das mais importantes nos estudos de assuntos misteriosos e ufológicos, trouxe artigo assinado por Volpone em 1999, ocasião em que o espeleólogo reiterou a hipótese de que sua equipe encontrou as evidências do décimo planeta. “Desde 1977, o Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (UFG) vem estudando a região”, disse Volpone, em texto assinado.
A reportagem publicada no DM na década passada trata da ameaça que o local pode sofrer pela ação de garimpeiros e das potencialidades das pedras encontradas no município, mas refere-se explicitamente ao tema ‘décimo planeta’. “O arqueologista Paulo Jobim, que pesquisou os desenhos de Mara Rosa, disse que pertencem a índios pré-históricos que viviam da caça e coleta de alimentos para sobreviver”, descreve a reportagem da época.
IMAGENS REVELAM DESCOBERTA INÉDITA
O texto publicado no Diário da Manhã especifica literalmente a existência de um décimo planeta no sistema solar. Volpone afirma que as imagens publicadas no jornal são suficientes para inferir que um novo planeta tenha sido previsto pelas comunidades antigas.
O espeleólogo diz que na época da descoberta das evidências o grupo de pesquisadores que esteve em Mara Rosa desejou batizar o planeta de Senna–em homenagem ao piloto brasileiro morto em 1994. Em 2004, os goianos, porém, tomaram conhecimento de Sedna–e acharam muita coincidência a proximidade dos nomes Sedna e Senna. Volpone informa que hoje a denominação escolhida para batizar o planeta é Pã–Deus da natureza, dos animais domésticos e dos pastores, para homenagear os índios que anunciaram a sua existência antes de todos.
O espeleólogo acredita que o décimo planeta previsto pelas civilizações antigas que moraram em Mara Rosa seja, de fato, Eris (ou Xena como ficou popularmente conhecido). Como ele faz parte do grupo de pessoas que citou a existência do 10º planeta muito antes da comunidade científica, faz um apelo aos cientistas brasileiros e para comunidade científica mundial, para que juntos realizem estudos nas inscrições de Mara Rosa provando que de fato anteciparam a descoberta do novo corpo celeste e pleitearem junto à União Astronômica Internacional a mudança do nome de Xena para Pã–Deus da natureza, dos animais domésticos e dos pastores. “Como Eris teria sido identificado inicialmente por índios primitivos, a sugestão da alteração do nome seria uma espécie de homenagem aos povos que identificaram o corpo celeste muito antes dos cientistas” comenta o espeleólogo. Segundo Volpone, a prefeitura de Mara Rosa pretende ampliar as visitações de historiadores, geólogos e demais pesquisadores para dar maior visibilidade aos fatos ocorridos no município.
Os dados relatam sobre a existência de um décimo planeta em nosso Sistema Solar, uma conclusão que só agora foi comprovada por cientistas” Está tudo na pedra. É incrível, pois diversas pessoas comprovaram este fato”]]>