Túlio Isac:“Em cada dez políticos, dois são honestos”
Diário da Manhã
Publicado em 7 de setembro de 2018 às 01:47 | Atualizado há 6 anosEm entrevista ao Diário da Manhã, Túlio Isac que está sem mandato há quatro anos, explica que rompeu com o governo porque atuava na Alego como um pit bull, mas era tratado como um vira-lata. Túlio defendia o Governo de Goiás ao lado da base aliada. Disse que deu a sua vida pelo governo, e quando ele mais precisou de reconhecimento, este não houve.
Dos bastidores da política, revelou que parlamentares que nem iam na Alego eram prestigiados com bases eleitorais, com obras, e ele nunca recebia nada, apesar de ter sido líder do PSDB na Assembléia durante 4 anos. Nunca doou uma renda cidadã ou um cheque moradia.
Hoje no PP, apesar da declaração de apoio à Daniel Vilela por parte do partido, ele segue outra orientação, tendo declarado apoio à Ronaldo Caiado.
Túlio Isac explica que está trabalhando para sua eleição sem dinheiro, que não tem a ajuda de ninguém, que não tem nenhuma base eleitoral, não tem nenhum prefeito ou político o apoiando, ou seja, a política que está desenvolvendo é com o seu nome e com seus amigos. É apresentador de televisão há 32 anos. Avalia que o cidadão não aguenta mais falar em política porque o político está nivelado por baixo: “o cidadão comum acha que o político é desonesto, de modo que fazer política está muito difícil”, confessa.
Também ressalta o ex-deputado tucano que o político profissional terá dificuldades para pedir votos, por causa da corrupção, por não cumprir aquilo que fala, porque sua palavra tem prazo de validade e nascer morta. Ele não tem credibilidade, tanto que se alguém quiser saber quando o político não fará nada, é quando ele promete.
A injustiça da política lhe dói, quando não foi reconhecido pelo seu trabalho quando era Deputado Estadual, e acredita que o oportunista sempre passa à frente. Túlio diz que o profissional da política sempre ganha mais benefícios do que aquele que é leal, que é honesto. Percebeu Túlio Isac que se não entrar em grupo de pessoas desonestas, o político não consegue sobreviver, tem vida limitada: “para estar na política e ganhar uma eleição atrás da outra, o político tem que cometer alguma coisa que vai contra os seus princípios. Eu não me dou a isso”, afirma. E revela: “o meio político é sujo. Em cada dez políticos, dois são honestos”. Termina o radialista construindo um frase que ficará célebre: “Não procure justiça na política porque não vai encontrar.”
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