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Vaca Amarela chega aos 17 anos em edição de resistência

Redação

Publicado em 1 de setembro de 2018 às 22:42 | Atualizado há 1 semana

Consolidado no calendário nacional entre os mais im­portantes festivais de músi­ca do País e um dos principais pila­res da produção musical de Goiás, o Vaca Amarela chega à sua edição de 17 anos no dia 7 de setembro, no Centro Cultural Martim Cererê. Sem nenhuma lei de incentivo ou apoio público, o evento realizado pela Fósforo Cultural celebra o que existe de mais atual lançado nos últimos anos em diversas regiões brasileiras, entre rock, pop e MPB.

Do pop eletrônico de Letrux–pro­jeto musical da cantora Letícia No­vaes–que chega pela primeira vez na capital goiana com o disco Em Noi­te de Climao (2017), até o folk inspi­rado de Rubel com o elogiado traba­lho Casas (2018), há muito o que se aprofundar na programação do Vaca Amarela. A promessa é de imersão sonora nos palcos do Martim Cererê.

Há ainda o rock goiano da Shot­gun Wives, o pop rock de Branda, os brasilienses da Lupa, a explosão ma­culelê da Terra Cabula, o stoner da Sótão, entre outras bandas que pro­metem fazer um passeio pelo o que há de mais efervescente sendo pro­duzido em Goiás e no País. Historica­mente, nestes 17 anos, o Vaca Ama­rela sempre foi reduto e janela de bandas com estilos e gêneros mistos.

30 ANOS DE MARTIM CERERÊ

De 17 edições realizadas ininter­ruptamente em Goiânia, sete foram produzidas no Centro Cultural Mar­tim Cererê, que este ano comemora 30 anos durante o festival. Símbolo do crescimento do rock goiano na década de 1990, o Martim, palco de música e teatro, se tornou espaço de resistência e contracultura.

“O primeiro Vaca Amarela que produzi foi no Martim. Um dos meus primeiros shows com ban­das foi também no espaço. Muitos primeiros trabalhos com produção cultural foram lá. O local já foi refe­rência pra música da cidade e hoje está quase abandonado. Tem uma boa gestão do Marco Antônini, mas não tem absolutamente nada de investimento do poder público. O Vaca acontecer lá neste ano é sím­bolo de resistência”, reflete o pro­dutor cultural João Lucas Ribeiro, organizador do evento.

INCENTIVO

Sem nenhum tipo de incentivo público, o Vaca Amarela acontece em 2018 de forma totalmente inde­pendente. De acordo com João Lu­cas Ribeiro, mesmo se o festival ti­vesse sido aprovado em alguma lei de incentivo ou fundo de cultura, to­dos os editais do Estado estão com pagamentos atrasados.

“Fazer cultura em Goiás está cada vez mais insustentável. Even­tos que não tem apelo meramen­te comercial, como é o nosso caso, com histórico de 17 anos consecu­tivos, deveriam ter um cuidado es­pecial pelas gestões de cultura. Mas não podemos deixar de realizar. Va­mos fazer sempre do tamanho que for possível. Estamos entregando um festival enxuto, mas com uma programação relevante e represen­tativa”, reitera Ribeiro.

17 ANOS

O Vaca Amarela será realizado no dia 7 de setembro, no Martim Cere­rê. A abertura dos portões está pro­gramada para às 16h. Os ingressos já estão no segundo lote e custam R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira). O tercei­ro lote começará a ser vendido no dia 1 de se­tembro: R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira), todos pelo site: www.sympla. com.br/vacaamarela.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

01:00 Letrux

00:00 Shotgun Wives

23:30 Bemti

23:00 Lupa

22:30 Branda

21:30 Rubel

21:00 Ros & Jors

20:30 Ypu

20:00 Caffeine Lullabies

19:30 Terra Cabula

19:00 Distoppia

18:30 Sótão

18:00 Caito

17:30 Evening

17:00 Hostil

16:30 União Clandestina

 

FESTIVAL VACA AMARELA -17 ANOS

Data: 7 de setembro

Local: Centro Cultural Martim Cerere, Tv. Bezerra de Menezes, Setor Sul, Goiania, Goiás, Brasil.

Ingressos: www.sympla.com.br/vacaamarela

 

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