Presa quadrilha que roubava cargas e caminhões
Diário da Manhã
Publicado em 31 de agosto de 2018 às 01:43 | Atualizado há 6 anosGoiás, Mato Grosso e São Paulo eram os principais Estados onde a quadrilha atuava, mas agia também em Rondônia e no Pará. Foram quase dois anos de investigação. A ação, denominada como Operação Zayn, foi deflagrada na madrugada de ontem. 33 pessoas foram presas, 60 caminhões e 15 carros de luxo foram apreendidos até o momento.
A operação Zayn foi desenvolvida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar). Dos 33 detidos, 25 foram presos aqui no Estado de Goiás. Durante a operação foram apreendidas também drogas e armas. Os prejuízos com a ação da quadrilha giram em torno de R$ 40 milhões.
O delegado Alexandre Bruno, da Decar, explica que a quadrilha utilizava mulheres pedindo carona como isca para consumar o crime. “Era uma quadrilha que agia de forma organizada. Mulheres nas rodovias pedindo carona eram utilizadas como iscas para atrair os caminhoneiros. Os outros membros da quadrilha então agim apreendendo o caminhão e sequestrando os motoristas.
O delegado conta ainda que os caminhões eram adulterados por especialistas de São Paulo. As cargas e os caminhões eram comercializados pelos integrantes da quadrilha após serem levados para galpões no sul do Estado.
“Integrantes da quadrilha que vinham de São Paulo eram especialistas em adulterar tanto a parte visual do veículo quanto o chassi. Eles trocavam os adesivos dos caminhões. A adulteração era perfeita. Depois vendiam os caminhões e as cargas”, diz o delegado.
Entre os integrantes presos da quadrilha, vários atuavam no ramo de transporte. 9 transportadoras estariam envolvidas no esquema, 2 goianas e 9 de São Paulo.
“Aparentemente as empresa pareciam atuar de forma lícita. São empresas de transporte, de recapagem de pneus. Roubavam também pneus e combustíveis e comercializavam com preço inferior no mercado. A quadrilha tinha também várias pessoas que eram utilizadas como laranja no esquema”. A investigação durou cerca de 2 anos e, mesmo com algumas pessoas já presas, a quadrilha continuava atuando.
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