Ronaldo Caiado é digno dos votos e do apoio de todos os advogados goianos
Diário da Manhã
Publicado em 25 de setembro de 2018 às 23:12 | Atualizado há 6 anosA julgar pelos números das principais pesquisas de intenção de voto o candidato Ronaldo Caiado será eleito já no primeiro turno.
Tratar-se-á de um feito de grande significado para a política em nosso Estado; representará uma nova fase, a fase de rompimento com o domínio político do grupo que atualmente (ainda) monopoliza o Estado como se fosse uma propriedade sua.
Em toda a minha vida como eleitor sempre fui fiel à minha inclinação político-ideológica e, por isso, nunca votei em candidato que representasse o segmento de Ronaldo Caiado. O seu posicionamento contra o programa “Mais Médicos” contribuiu para consubstanciar a minha convicção acerca da impossibilidade de, por m ais que remotamente, eu vir a ser o seu eleitor.
Todavia, o tempo, esse senhor da reflexão e da racionalidade, impôs-me uma mudança de postura para reconhecer n o candidato Ronaldo Caiado a pessoa mais apropriada a ser eleita governador de Goiás no próximo pleito. E esse reconhecimento não decorre de uma súbita adesão ao seu programa político ou por simpatia ao segmento que ele representa. Considero que seja mais que isso. Faço-o por imperativo da consciência, por sentimento de gratidão como cidadão e advogado.
Na condição de cidadão, seria hipocrisia não admitir que Ronaldo Caiado é o único candidato em condições reais de defenestrar do governo e do poder esse caudilhismo que se apropriou das instituições do Estado há mais de 20 anos – não raramente utilizando-as como estrutura para atividades criminosas.
Na condição de advogado, e, nesse caso, entendo que deveria ser um dever de toda a classe advocatícia, tenho o dever moral e profissional de retribuir e agradecer a Ronaldo Caiado pelo que ainda resta de dignidade e respeito aos advogados e advogadas de todo o Brasil.
Atualmente, todos nós sabemos os percalços que vem sofrendo a advocacia, sendo fustigada em sua importância democrática como indispensável à justiça e os advogados, diuturnamente, sendo vilipendiados em suas prerrogativas, nessa busca obsessiva e insana que o fascismo institucional empreende para enfraquece-los, humilhá-los.
Esse cenário calamitoso é agravado a cada trimestre, com o despejo quantitativo de milhares de novos advogados no mercado de trabalho, provocando, consequentemente, a proletarização de nossa classe e, não raramente, a inviabilidade financeira, gerando desilusão ao jovem advogado e o desespero aos advogados mais experientes que muitas vezes se veem obrigados a fecharem seus escritórios e se dedicarem a outras atividades como forma de assegurar o seu sustento e o de sua família.
Toda essa situação de desvalorização da advocacia só não é ainda mais terrível graças à atuação vigorosa e responsável do então senador Ronaldo Caiado. Nem mesmo os parlamentares que são advogados ou outros oriundos das carreiras jurídicas tiveram papel tão importante e benéfico à advocacia quanto o senador Ronaldo Caiado que, aliás, é médico. Foi graças a um pedido de vistas seu que fora abortado o plano de se extinguir o Exame de Ordem, permitindo que qualquer despreparado que concluísse o curso de Direito pudesse obter a carteira de advogado. E isso seria desastroso.
Todos nós sabemos que era dado como certo que o fantasma da “extinção do Exame da Ordem” havia tomado conta do Senado, graças ao lobby das faculdades de Direito em todo o Brasil, e que a sua aprovação era dada como certa.
O fim do Exame de Ordem, avaliação de aptidão técnica indispensável ao bacharel em Direito para o exercício da advocacia, somente não foi aprovado graças a Ronaldo Caiado e sobre isso a advocacia brasileira tem essa dívida de gratidão. Não fosse isso, a advocacia teria sido relegada a algo sem importância e o advogado, sem dúvida, estaria perfilando os bolsões dos sub-remunerados, recebendo gorjetas ao invés de honorários.
Acredito que Ronaldo Caiado jamais tenha recebido a gratidão necessária por seu gesto de alta relevância para a credibilidade da justiça, para a defesa dos interesses sociais, para a democracia e, principalmente, para a honradez da advocacia brasileira. Lamentavelmente, circulam informações de que Ronaldo Caiado teria sido tratado com desdém pela anterior diretoria da OAB Goiás que, inclusive, teria se recusado a recebê-lo. Caso essa informação tenha procedência, trata-se de um vexame, um constrangimento para todos nós, advogados. Uma vergonha que não corresponde à vontade de nenhum advogado digno e respeitoso.
É dizer: essa indelicadeza é adstrita ao alinhamento político-partidário do titular da grosseria, na antiga gestão, que, em prejuízo de todos os advogados e advogadas sérios, transformou a nossa OAB Goiás em um apêndice político-partidário de um caudilho, a creditando, ingenuamente, que a Ordem poderia servir de trampolim para os seus devaneios políticos, mentindo e enganando, principalmente, todos aqueles que chegaram a acreditar num projeto de respeito à advocacia. Tais arroubos serviram apenas para submeter e expor uma das maiores crises e constrangimentos já suportados pela OAB Goiás e pela classe da advocacia goiana, com consequências até hoje nefastas.
Como diria o filósofo francês Blaise Pascal, “não tenho vergonha de mudar de ideia, porque não tenho vergonha de pensar”.
E é justamente fazendo uso da capacidade de pensar que reforço a minha convicção de que todos os advogados e advogadas dignos e responsáveis devemos nos unir envoltos do sentimento de gratidão e dedicar nossos votos e o nosso apoio para eleger Ronaldo Caiado governador do estado de Goiás.
(Manoel L. Bezerra Rocha, advogado criminalista – mlbezerrraro[email protected])
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