Saúde Portal das doenças crônicas
Diário da Manhã
Publicado em 13 de outubro de 2016 às 01:22 | Atualizado há 8 anosA obesidade é considerada uma doença crônica, que provoca ou acelera o desenvolvimento de outras doenças, podendo causar a morte precoce. O problema é caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura corporal.
Uma pesquisa divulgada pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde, aponta que mais de 16% da população de Goiás está acima do peso. O problema é considerado como um dos desafios da saúde pública no País.
Dentre os fatores que a provocam estão os nutricionais, fisiológicos, genéticos, psiquiátricos e psicológicos, comportamentais e ambientais. Considerada um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares – responsáveis por mais de 70% das mortes no País –, o excesso de peso impacta, também, na expectativa de vida da pessoa obesa.
Terça-feira, 11 de outubro, Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, o Programa de Controle e Cirurgia da Obesidade do Hospital Alberto Rassi (PCCO/HGG) promoveu, no Lago das Rosas, uma manhã de atividades gratuitas à população.
Para o cirurgião bariátrico Leonardo Sebba, o corpo saudável depende de mudanças de hábitos, principalmente no que tange a alimentação e atividade física. “A obesidade é uma doença crônica e é necessário um controle diário, adotando atitudes saudáveis”, recomenda.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da obesidade em adultos, o parâmetro de cálculo utilizado mais comumente é o IMC. Consideram-se obesas as pessoas com IMC superior a 30. Já os que têm IMC entre 25 e 29,9 são portadores de sobrepeso.
O que fazer para reduzir o peso
Médico Marcelo Bertolami dá três dicas simples para quem quer sair da lista de risco:
1 – Caminhar por, no mínimo, 30 minutos já pode fazer diferença!
A prática de exercícios físicos não só contribui para manter o peso corporal e fortalecer a musculatura, como também ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue, outro fator que pode causar doenças do coração.
2 – Dieta? Não!
Alimentação equilibrada (e sem passar fome!).
Uma alimentação variada garante uma oferta adequada de nutrientes e gorduras boas que são fundamentais para contribuir para a saúde cardiovascular. E, como também vale considerar o controle de peso, é importante que o valor calórico total seja adequado.
Gorduras boas: presentes no salmão e atum, nos óleos vegetais e produtos feitos à base deles, como cremes vegetais. A inclusão de gorduras boas na alimentação ajuda a manter níveis adequados de colesterol.
Fibras: opte por alimentos ricos em fibras, como as versões integrais dos pães, biscoitos e massas; além de incluir aveia no dia a dia. Elas ajudam a deixar mais lenta a absorção dos açúcares e gorduras consumidos.
3 – Rotina
É necessário e muito importante manter os exames de rotina em dia, realizando-os ao menos uma vez ao ano. Medir a pressão arterial, níveis de colesterol e glicose é fundamental para que seu médico avalie como está sua saúde. Além disso, o acompanhamento com nutricionista também ajuda a manter uma alimentação equilibrada e específica para sua rotina e preferências.
Pesquisa avalia saúde de 5 mil pessoas
Estudo de Hubert e Castelli divulgado no início deste ano aponta que a incidência de alguns tipos de doenças do coração e infartos são maiores em pessoas com sobrepeso. A relação entre a obesidade e doenças cardiovasculares foi examinada em mais de 5 mil pessoas, entre homens e mulheres, e a análise concluiu que o excesso de peso é um fator de risco independente, principalmente nas mulheres.
Para o cardiologista Marcelo Bertolami, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, outros hábitos ruins podem aumentar o risco para doenças. “Sedentarismo, tabagismo e uma alimentação desbalanceada, por exemplo, aumentam consideravelmente o risco de o indivíduo ter um problema no coração no futuro. Além disso, a obesidade abdominal, ou seja, a circunferência da cintura, é um fator de risco ainda maior do que o excesso de peso corporal”, completa.
Uma maneira simples de alterar um quadro de sobrepeso ou obesidade e melhorar a saúde do coração é mudar alguns hábitos diários.
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