Opinião

Contra a violência

Diário da Manhã

Publicado em 25 de agosto de 2016 às 02:19 | Atualizado há 8 anos

A segurança é um anseio geral da população goianiense. Muitas notícias dão conta de que a violência na cidade tem caído, o que de fato pode ser verdade, mas a população não atesta isso. Uma pesquisa realizada pela ONG mexicana Conselho Cidadão pela Seguridade Social Pública e Justiça Penal em 2015 e divulgada esse ano, aponta a capital goiana como umas das 30 cidades mais violentas do mundo.

Bem, isso, com certeza, não gera confiança nas pessoas. E no Jardim América, o maior setor da cidade, essa preocupação não é diferente. Há anos os moradores do bairro lutam pela implantação da base da 9ª Companhia Independente da Polícia Militar (9a CIPM). É um sonho antigo.

Atualmente, a instituição já possui um terreno para a construção – ao lado da Colégio Estadual Jardim América, mas ainda faltam recursos para a obra. Para mim, morador do setor, a vinda da “Nona” seria um grande benefício para toda a população.

Como dito, o Jardim América é o maior setor de Goiânia. Uma base policial centralizada não somente inibiria atos criminosos, como também facilitaria a ação dos agentes, quando necessária, com melhor mobilidade e maior rapidez.

 

Cultura

De fato, a violência e criminalidade não é uma exclusividade nossa ou mesmo de nosso tempo. Desde sempre ela acompanhou o ser humano, das mais variadas formas.

Porém, com os avanços tecnológicos, sociais e, por que não, culturais estes números deveriam diminuir. E não é o que acontece em nosso País. Infelizmente a desigualdade se torna fator predominante na construção de uma sociedade violenta.

Dizer que é preciso investir na educação é chover no molhado. É dizer mais do mesmo, pois todos sabem que isso é necessário e é o mais importante. Mas vale a pena, também, investir na cultura, nas artes.

A arte é uma fonte de entretenimento infinita e variada. Dança, música, pintura, literatura e o que mais tiver. Não são as pessoas felizes que cometem atos de violência. Talvez seja, também, redundante dizer que as artes deveriam estar intrinsecamente ligados aos diretos básicos de todo indivíduo desde a infância.

Seria ótimo se todos pudéssemos brincar pelas ruas de nossa bela cidade, independente do horário ou local. Mas ainda acredito nesse dia.

 

(Rener Bilac, assessor jurídico da Defensoria Pública (em licença), fundador do Carnaval dos Amigos e candidato a vereador de Goiânia)

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