Cremação é uma questão de esclarecimento
Diário da Manhã
Publicado em 23 de agosto de 2016 às 02:12 | Atualizado há 8 anosA falta de espaço nos cemitérios públicos aflige as famílias nos momentos de maior fragilidade. Diante do problema, muitos acabam comprando vagas em cemitérios privados. Uma alternativa mais barata, ecologicamente correta e que resolve o problema de espaço é a cremação. Muitas vezes o processo não é cogitado por falta de informação, mas com esclarecimento, é possível compreender suas vantagens.
A cremação iniciou na Idade da Pedra e, com o passar dos séculos, avançou de funerais rudes para modernos métodos científicos. Hoje o procedimento conta com tecnologia e equipamentos de última geração. Em Santa Catarina, a prática foi trazida em 2007, com a instalação do Crematório Vaticano em Balneário Camboriú.
Apenas o Judaísmo e o Islamismo não aceitam a cremação. Os católicos, evangélicos e espíritas são os que mais a praticam. Para os espíritas, cujas doutrinas exigem que o corpo espere de 48 a 72 horas antes de qualquer processo, a cremação só é realizada depois da autorização da família.
A cremação também preserva o meio ambiente, pois não emite fumaça poluente. Para efetuar o processo, são retiradas as alças dos caixões e outros metais que possam ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. A tecnologia possibilita realizar o procedimento a 900°C em aproximadamente duas horas queimando e requeimando os gases que passam por tubulações fiscalizadas regularmente pelos órgãos ambientais. Trata-se do processo póstumo de menor impacto ambiental, pois não gera resíduos que poderiam contaminar o solo ou a atmosfera.
Após a cremação, as cinzas são colocadas em uma urna. Algumas famílias as guardam consigo, outras enterram, jogam no mar ou colocam em igrejas, jazigos ou salas de memórias. Também é possível transformá-las em diamante, cristal ou incorporá-las em obras de arte.
Graças ao esclarecimento da sociedade, a cremação vem se tornando um processo comum entre as famílias brasileiras. Com o conhecimento de que o procedimento é limpo, ecologicamente correto e econômico, essa escolha torna-se um ato de consciência com o planeta e as futuras gerações.
(Mylena Cooper, diretora do Crematório Vaticano)
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