Opinião

Prevenção e diagnóstico precoce do acidente vascular encefálico (derrame)

Diário da Manhã

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 02:58 | Atualizado há 8 anos

Atualmente, o acidente vascular encefálico (AVE), conhecido popularmente por Derrame é considerado um problema de saúde em países desenvolvidos e em desenvolvimento. É a segunda causa de mortalidade natural mundialmente, terceira mais comum em países desenvolvidos e a principal causa de morte no Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa patologia mesmo levando a tantos óbitos ainda é negligenciada. A população não sabe reconhecer os sintomas, como agir em casos agudos, não conhece seus fatores de risco o que dificulta a prevenção. O número de pessoas que desenvolvem o AVE vem crescendo diariamente, atingindo qualquer faixa etária e sexo. Estudos mostram que esses números ainda continuarão crescendo devido ao pouco conhecimento da gravidade da patologia e seus meios de prevenção. Essa patologia é dividida em dois tipos, sendo eles o Isquêmico (onde há uma diminuição ou cessação do suprimento sanguíneo em alguma região cerebral) e o Hemorrágico (provocado por uma hemorragia cerebral) onde a maior prevalência de acontecimentos, cerca de 80 % são do tipo Isquêmico. Existe ainda o Acidente Isquêmico Transitório (AIT) que possui os mesmos sinais e sintomas do AVE Isquêmico, porém os seus sinais e sintomas melhoram após alguns minutos ou horas e serve de incentivo para o paciente buscar uma unidade de saúde e evitar que o AVE propriamente dito aconteça. Essa patologia se desenvolve a partir de alguns fatores de risco como  idade, sexo, tabagismo, etilismo, obesidade, sedentarismo, doenças cardiovasculares, colesterol alto, diabetes, uso de anticoncepcionais, entre outros, o que nos comprova a sua alta incidência. Pois esses fatores acabam estando presentes na maior parte da população devido ao estilo de vida adotado atualmente. Sua prevenção está baseada na diminuição desses fatores de riscos, o que consequentemente diminuirá a chance dessa pessoa desenvolver um AVE, mas também outras patologias como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Aneurismas, Tromboses Venosas Periféricas (TVP), entre outras patologias. O cérebro por ser um órgão vital e de extrema importância ao nosso organismo, precisa ser tratado o mais rápido possível e para que isso ocorra é necessário um diagnóstico rápido e depende ativamente da população para conseguir identificar os sinais e sintomas e buscar uma ajuda médica o mais precocemente possível. A identificação de uma vítima com AVE é baseada em uma avaliação rápida e fácil e que levará apenas alguns segundos más que salvará muitas vidas, e está baseada na utilização de uma palavra que define esse diagnóstico precoce facilmente, sendo ela SAMU ( onde o S caracteriza SORRIA, o A de ABRAÇO, o M de MÚSICA ou MENSAGEM e o U de urgência), se a vítima ao ser avaliada pelo sorriso e apresentar assimetria de face, ao ser abraçada estiver com fraqueza em um dos braços e ao pedir para a mesma repetir palavras ou frases, estiver apresentando dificuldade na fala, ligue ou procure imediatamente um serviço de emergência, alguns outros sinais e sintomas poderão aparecer, sendo eles:  dor de cabeça súbita e intensa, associada a vômito e sonolência, fraqueza ou dormência em um dos lados do corpo, dificuldade na fala, perda da visão ou visão turva, tontura intensa ou perda da coordenação. Lembre-se a identificação rápida do Acidente Vascular Encefálico só depende de você, e você poderá salvar uma vida.

 

(Sabrina Zanelatto Fernandes, enfermeira, especialista em Emergência e Urgência, docente da Faculdade Estácio de Sá de Goiás e CGESP.Contato [email protected]/Enilsa Vicente Ferreira, enfermeira,especialista em Pediatria, mestre em Ciências e Saúde e doutoranda em Saúde Pública, docente do curso de Enfermagem da Faculdade Estácio de Sá de Goiás e enfermeira do Pronto Socorro da Pediatria do Hospital Regional de Ceilândia DF, [email protected])

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