Esportes

Encanto quebrado

Redação

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 03:38 | Atualizado há 8 anos

Handebol é coletivo, sim. Mas quem tem Silvia Navarro no gol de sua equipe tem todos os motivos para ser mais feliz. Mais uma vez, a espanhola de 37 anos, 1,65m e 62kg mostrou sua imensa competência na vitória sobre as brasileiras por 29 a 24, na Arena da Juventude. Se ainda havia um espinho na garganta das brasileiras pela derrota por um gol, a cinco segundos do fim, no Mundial 2011, em São Paulo, agora serão dois, para uma hora serem arrancados.

A Espanha mandou no jogo, tranquila e consciente na execução tática de suas jogadas. O Brasil errou muito, na defesa e no ataque. Teve sua velocidade de contra-ataque característica engolida pela grande defesa adversária. Agora, o técnico Morten Soubak tem um dia para armar a seleção brasileira para o jogo de amanhã, contra Angola, a surpresa destes Jogos Olímpicos – a única com duas vitórias até agora, e sobre duas potências europeias: Romênia e Montenegro.

“Surpresa? Bom, ninguém apostaria 100 mil euros que Angola venceria esses dois jogos. Mas venho acompanhando o jogo delas e sei o quanto têm de físico, o quanto vêm evoluindo em defesa e ataque, o quanto está dando resultado”, falou Soubak. “Vamos nos preparar, porque precisamos ganhar para pensar nas quartas de final.”

A vitória já garantiria a vaga brasileira nas quartas de final, mas o Brasil ainda tem duas partidas pela frente. Após a Angola, o último desafio do Brasil é contra Montenegro, no domingo (14), às 9h30.

Para o técnico espanhol Jorge Dueñas, sua equipe gosta de jogar com torcida contrária e mostrou muito coração, jogando no máximo, mas com tranquilidade. Foi assim no Mundial 2011 também, e Dani Piedade reconheceu que aquela derrota doída, no finzinho, ainda é um fantasma que precisa ser espantado. Silvia Navarro, que foi parte importante também naquele jogo, não gosta de exaltar seu trabalho: “É reflexo de um trabalho bem feito da defesa.” Para a goleira, por ser baixinha perto de jogadoras de ataque muito mais altas, precisa suprir a falta de altura com rapidez, mas a chave de sua seleção para a vitória contra as brasileiras foi mesmo “defesa e paciência no ataque”.

 

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