Opinião

As mulheres e seus automóveis

Diário da Manhã

Publicado em 6 de agosto de 2016 às 03:40 | Atualizado há 8 anos

Não importa se é tarde da noite, se está chovendo, se está um calor escaldante ou nevando. A cada mulher circulando com um carro por aí, por trás dela existiu um mecânico que fez toda a inspeção, afinal são eles que nos dão: segurança, conforto e economia, para podermos circular com nossos carros.

Esta é uma área do mercado de trabalho que está bastante em alta, e reconhecimento. As empresas e os clientes estão exigindo desse profissional cada vez mais um perfil diferenciado. Passou a era do preconceito de que mecânico era fanfarrão, hoje a mecânica evoluiu, todos os dias aparece algo novo, um novo modelo, e hoje assim como as demais profissões o mecânico precisa investir em conhecimento.

Não dá mais para viver na marginalidade da profissão, como era nos anos passados, hoje existe o compromisso da atividade com o cliente e o mecânico é cobrado por isso. Ainda estamos em um processo de ajuste. O mercado mudou, a mente do brasileiro está em transição a respeito da mão de obra, que a cada dia ganha mais espaço e valor. Só que em contrapartida existe ainda uma falha no processo evolutivo do pensamento do próprio mecânico.

Hoje as oficinas são freqüentadas por muitas mulheres, que exigem organização e uma recepção diferenciada. Passamos da era onde o ambiente de oficina era precário, com chão de terra batida e calendário de mulheres sensuais por toda parte. O cliente não admite mais um lugar cheio de sujeira, graxa, e materiais espalhados por toda lado. Com a evolução tecnológica, o aumento da concorrência e os mecânicos estão tendo que se adequar aos uniformes, crachás e bons modos.

Percebo a resistência de alguns ao se adequar a nova realidade, onde as oficinas são limpas e dinâmicas. Hoje a profissão busca reconhecimento e respeito só que o modo como cada um batalha para conseguir esse respeito e proteger seu meio de vida é que difere.

Para os mecânicos, é preciso além da capacitação específica a fim de acompanhar as novidades, é necessário também estar atentos para atender os níveis de satisfação dos clientes além de manterem-se atualizados a respeito da ética comunicação, administração e liderança.

Em minha opinião, os profissionais que não quiserem desapegar do estereotipo de que mecânicos, são rudes e a oficina é um lugar sujo, é melhor começar a procurar outra profissão para atuar.

 

(Josanne Gonzaga, coach e administradora de empresas e escritora (04 Livros publicados, e participação em 03 Antologias),  E-mail [email protected] / watzap 62 8185-2302)

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