Prisão invisível
Diário da Manhã
Publicado em 30 de julho de 2016 às 02:56 | Atualizado há 8 anosAprendemos desde crianças, com nossos pais e professores uma série de regras para viver em sociedade. A tendência em estar adequado ou talvez dentro dos padrões, assim somos treinados a expor somente o que há de melhor em nós. E quem não se encaixa nesses padrões é considerado louco, ridículo, esquisito.
E durante esse percurso vamos afastando de nós mesmos, aprendemos a colocar tantas máscaras que chega ao ponto de não sabermos distinguir quem verdadeiramente somos do que nos tornamos.
Na era das redes sociais onde se frisa apenas o exibicionismo e a autopromoção, assim vivenciamos uma geração obcecada por máscaras e protagonistas da própria vida através dos padrões que o mundo virtual exige e impõe cada vez mais.
Isso é como uma prisão invisível, sob máscaras as pessoas vestem inúmeras faces da beleza, festividade, viagens e comidas extraordinárias afogando o verdadeiro eu que habita em nós. A máscara virtual estimula as pessoas e de certa forma as protegem de encarar quem realmente são. Não sei até onde essa superficialidade leva ou vai levar, os laços humanos estão cada vez mais rasos e gelados.
Hoje desafio vocês com a seguinte pergunta: as pessoas conseguem ter um conceito verdadeiro de como você realmente é? Quanto mais desigual for à impressão que você passa confrontada com o que você é como pessoa, incluindo personalidade, hábitos, pensamentos e posição social mais distante você está das suas conquistas.
Para um desenvolvimento pessoal o primeiro passo é deixar que as pessoas vejam o que se esconde sob a sua máscara. Talvez, a verdadeira felicidade esteja em despir-se por completo, exibir uma nudez de alma, desabotoar a camuflagem e deixar transparecer o sentimento que existe em cada um de nós.
Creio eu, que é mais fácil e gostoso se relacionar com alguém que ri e que chora sem receios do que vão pensar. Uma pessoa que não precisa de meias verdades e muito menos joguinhos emocionais estratégicos de conquistas.
Bonito mesmo é ser autentico, e mostrar uma honestidade emocional capaz de seduzir qualquer mulher. Não devemos nos contentar com migalhas e as caricaturas de amor. Ou muito menos entorpecer-nos pela mediocridade do exibicionismo amoroso do namoro descartável.
(Josanne Gonzaga, poeta (4 livros publicados, e participação em 3 antologias), coach e administradora de empresas. E-mail [email protected] watzap 62 8185-2302)
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