Cotidiano

Promotor anuncia que fotos comprovam agressão física no caso Luiza Brunet

Diário da Manhã

Publicado em 4 de julho de 2016 às 18:08 | Atualizado há 2 semanas

O promotor de Justiça de São Paulo, Carlos Bruno Gaya da Costa, anunciou que o laudo do IML (Instituto Médico Legal) foram baseados nas imagens e os atestados apresentados pela pela atriz e ex-modelo Luiza Brunet, de 54 de idade, e são suficientes para comprovar que ela realmente foi agredida pelo ex-companheiro Lírio Albino Parisotto, 62, com quem estava se relacionando havia cinco anos.

A atriz, que é embaixadora de uma campanha que combate a violência contra amulher, registrou queixa ao Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (GEVID), da Promotoria de São Paulo. Segundo ela, o caso aconteceu no dia 21 de maio, quando ela e Parisotto faziam uma viagem a Nova York.

De acordo com o relato da própria Luiza, o ex-companheiro lhe deu um soco no olho e a imobilizou até quebrar quatro costelas. Ela conta que começou a gritar por ajuda e conseguiu se trancar no quarto até ter certeza que o agressor não estava mais no apartamento. Luiza arrumou as malas e voltou para o Brasil sozinha.

Após a agressão, Brunnet postou algumas indiretas em suas redes sociais. No dia 25 de maio, ela publicou uma foto em seu Instagram com a legenda: “A maquiagem forte esconde o hematoma da alma”. Cerca de 15 dias depois, a atriz publicou uma nova foto de uma mulher com hematomas no rosto, com uma legenda que fortalecia a denúncia contra a violência doméstica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os advogados do empresário informaram que Lírio Albino Parisotto está em viagem internacional e que ainda não foi intimado pela Justiça ou pelo Ministério Público e que ele vai se manifestar das acusações assim que for concedido à defesa acesso aos autos.

Durante o programa do Fantástico que foi ao ar na noite do último domingo (3), Luiza divulgou uma nota sobre o assunto. Confira:

“Nos últimos dois dias venho recebendo o carinho de meus familiares, amigos e de toda sociedade brasileira. Isso é o que me dá forças para seguir na luta pelo fim da violência contra as mulheres. Mantive união estável com um homem que eu acreditava que cuidaria de mim. Me enganei.
Fui vítima de grave agressão, tive medo de denunciar, tive vergonha. Foi o apoio de minha família, amigos e a ajuda de profissionais que me trouxeram a coragem necessária para levar adiante a denúncia de agressão.
Muito tem sido dito a meu respeito, é triste ver pessoas buscando uma ação minha para justificar a agressão. Nada justifica uma agressão. Infelizmente ainda vivemos a cultura de que a vítima é culpada de alguma forma. Só quem vive isso sabe do pavor e dos sentimentos conflitantes que tomam conta da gente.
Os fatos estão resumidos na nota divulgada pelo jornalista Ancelmo Gois. Tenho minha consciência tranquila, nada fiz de errado. Fui vítima, como milhares de mulheres são diariamente em nosso país. Reafirmo a minha confiança na Justiça brasileira e no trabalho brilhante feito pelo Ministério Público, através do Gevid (Grupo de Enfrentamento a Violência Doméstica).
Agora vou continuar cuidando das marcas psicológicas que ficaram em mim, essas são as mais difíceis de curar”.

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