Vai de táxi ou de Uber
Diário da Manhã
Publicado em 30 de junho de 2016 às 01:52 | Atualizado há 9 anosOntem de manhã, 29/06/2016, a Câmara Municipal de Goiânia pegou fogo com a discussão sobre a legalização do Uber. Uber é um aplicativo que possibilita o transporte de passageiros nos centros urbanos, a partir de veículos cadastrados que preencham uma série de exigências relacionadas à atividade de transporte para facilitação da mobilidade urbana.
Acontece que esta atividade está na clandestinidade. Mas já existe um lei federal que ampara exercício desta nova modalidade de transporte de passageiros. Cabe agora ao município regulamentar. Aí está o grande problema: Temos um prefeito inoperante, que se escusa das grandes questões municipais, pelo simples fato de ser absolutamente incompetente para lidar com qualquer assunto que lhe requeira um posicionamento adequado. Paulo Garcia jogou a responsabilidade para a Câmara Municipal, já que é ela que tem competência para deliberar. E assim os erros seguem uma atrás do outro.
O fato é que agora a Prefeitura de Goiânia começa a prender os carros do Uber que circulam pela Capital. Punir é fácil. Difícil é lidar com o problema e solucioná-lo. O Uber é uma realidade: Já possui 3 mil automóveis cadastrados.
Aí os taxistas se revoltam e com razão, porque pagam muitos encargos. São tributados e por isso a competição entre Uber’s e táxis se tornou insustentável. É injusto exigir o cumprimento da lei para os taxistas enquanto os motoristas dos Uber’s seguem sem se submeterem a qualquer tipo de legislação, quer seja tributária ou não. O fato é que o fazem porque não há legislação para eles, e por isso, seguem clandestinos, se aproveitando dessa situação ao final das contas.
O lado bom de tudo isso é que o cidadão está podendo fazer grandes distâncias a um custo bem menor do que o praticado no mercado. Pessoas que não tinham como andar de táxi, com o Uber ao alcance, se esbaldam com esse benefício.
De fato o governo, em todas as suas esferas (federal, estadual e municipal), em países de terceiro mundo como o nosso, só interferem para onerar tanto as atividades como os cidadãos, impondo grandes taxas tributárias, elevando o custo de vida, impossibilitando o povo de viver bem e de ser feliz, já que através dos pesados impostos cobrados tiram do povo até o seu último centavo. Dias atrás tive a sensação de estar vivendo na idade média, diante de tantos retrocessos vividos pela população brasileira.
O Brasil não evoluiu.
O Uber é uma realidade. Caberia ao município enfrentar com essa nova modalidade de transporte de passageiros
Não o fará.
É hora da população se organizar e fazer a defesa do que de fato é o melhor para ela em termos de transporte urbano.
A hora é de reflexão para elegermos um bom candidato a prefeito que enfrente esse problema, intermediando uma solução que beneficie tanto taxistas como motoristas de Uber, regulamentando e pondo fim a esta bagunça, com a coragem e a competência que um bom administrador público deve ter.
Silvana Marta de Paula Silva, advogada e escritora.Twitter:@silvanamarta15
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