Tira o peso das costas
Redação
Publicado em 17 de abril de 2016 às 02:32 | Atualizado há 9 anosA segunda manhã de eliminatórias do Troféu Maria Lenk 2016, válida como última seletiva para natação brasileira visando os Jogos Olímpicos Rio 2016 e evento teste da competição, teve dois recordes de campeonato e um novo índice olímpico. Etiene Medeiros, do Sesi/SP, tirou um peso das costas, mais exatamente dos 100m. Ela cravou 1m00s00 e finalmente diminuiu o índice A estipulado pela Federação Internacional, 1m00s25, além de fazer o recorde da competição.
Etiene tem menos que isso, 59s61, de seu recorde sulamericano feito nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, competição que não valeu como índice para o Brasil. O tempo feito nas eliminatórias deste sábado equivale a 17ª marca do mundo nesta temporada. Caso tivesse repetido o tempo do Pan seria o 7º do ranking mundial.
“Aliviada é a palavra. Mais uma vez a natação surpreende qualquer um. Estava na busca desse índice e acho que foi o mais difícil que eu fiz. De condições mesmo, mental e física, e acabou gerando uma pressão para mim. Tinha que fazer, mas não estava saindo. Não foi o tempo que eu queria, mas ainda tem a tarde. Ter visto 1m00s00 foi muito bom, mas sei que minha natação precisa ser um pouco melhor para chegar em agosto bem. Relação de amor é isso, às vezes a gente está bem, às vezes não, mas a gente insiste e sempre quer o melhor dele e minha relação com o nado costas é bem isto, uma relação de amor. Graças a Deus eu estou lidando muito bem com ele. Mas quando a gente tem amor por uma prova precisa lapidar, saber os segredos dela e eu estou nessa fase. Gosto muito de sair e ver a torcida, é muito legal. Quando estiver todo mundo aqui vai ser diferente, mas a gente vai ter que saber lidar com isso. A gente tem que melhorar algumas coisas e para essa prova a parte mental é a principal”, explicou Etiene.
Na versão masculina da prova, Guilherme Guido, do Pinheiros, marcou 53s10, bateu o recorde de campeonato e por um centésimo não igualou seu índice e recorde sulamericano feito no Torneio Open, em dezembro do ano passado, 53s09.
“Nadei bem próximo do meu melhor tempo. Vou conversar com meu técnico, com o biomecânico, para ajustar o que possa ter feito errado e nadar melhor à tarde”, disse Guido.