Dia Nacional do Livro Didático
Diário da Manhã
Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 00:15 | Atualizado há 9 anos“Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante”.
(Carlos Drummond de Andrade)
Como disse anteriormente, tenho grande zelo com o ensino fundamental, sobretudo com o ensino da rede pública. É ali que concentra o maior número de estudantes em todo o Brasil, por isso temos que voltar nossos olhos e atenção ao ensino público. Além dos professores e pais, as pessoas que lidam com o poder público têm o dever de se comprometerem, não só com o aspecto físico das escolas, mas saber o que se ensina nos colégios.
É oportuno aproveitar a data em que se comemora O Dia Nacional do Livro Didático em 27 de fevereiro no Brasil, para fazer a referência ao instrumento que orienta e tem em seus escritos a força norteadora na formação da cultura de um povo. Para falar desta data que homenageia uma das ferramentas essenciais para a formação educacional dos alunos, que é o livro didático, volto ao que discorremos recentemente em um artigo deste jornal, cuja preocupação foi exatamente sobre a inserção de um livro paradidático nas aulas de educação sexual. O tema causou polêmica para os pais, para a igreja e alguns profissionais ligados à psicologia da criança. Tratava-se de um livro em que se ensina às crianças “como fazer sexo”. Ele foi sugerido como subsídio ao professor para as aulas de educação sexual. Esse não seria o tipo de livro que as famílias gostariam que seus filhos manuseassem. Mas hoje quero ressaltar o valor do livro didático como suporte para norteiar os professores e alunos. O livro didático tem suma importância para o processo de aprendizagem no desenvolvimento do aluno como ser humano. Ele é fundamental para a formação das estratégias de ensino, pois guia o caminho a ser traçado pelo educador.
O Brasil já trata a questão do livro didático como política pública através do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). O programa foi criado em 1985, e tem como objetivo à distribuição de obras didáticas aos estudantes da rede pública de ensino brasileiro. Os investimentos em livros didáticos a cada ano têm aumentado, pois são milhões de estudantes. Sendo um instrumento de apoio e que auxilia a maior parte dos alunos, temos valorizar o livro didático, tendo em vista que é por meio deles que as crianças descobrem caminhos e aprendem lições para o resto da vida. O livro didático reúne as informações que o aluno necessita para ajudar a desenvolver o seu conhecimento, em todas as etapas da educação – desde o ensino fundamental até os superiores. Surgiu para ser usado como um complemento aos livros clássicos que as escolas utilizavam e buscava oferecer informações que ajudam no aprendizado das ciências, história e filosofia. A arte de ler é adquirida pela leitura, assim sendo, é importante o hábito de leitura desde crianças e nosso compromisso é incentivar os alunos e nossos filhos com boas leituras, além de motivá-las a cuidar dos livros com zelo, admiração e respeito. Ao manuseá-los elas devem se sentir encantadas pelos horizontes que se abrem, pelas histórias que se lê e pela possibilidade da descoberta desde pequenininhos. O livro didático é visto como fonte de conhecimento e organizador curricular de uma determinada disciplina escolar mas, sobretudo, como produto de um determinado tempo e espaço históricos, que se inscrevem como resultado de visões de sociedade, de escola/escolarização, de formação de leitor, formando e ampliando comunidades de interpretação. Nesse sentido é que considero que o livro didático é instrumento de formação cultural.
Diante da importância de se comemorar e referenciar uma data tão importante está a essência da comemoração, que é pautada no nosso compromisso e responsabilidade com a educação. É por isso que estou atenta e me coloco como parceira na busca da educação de qualidade, com respaldo da educação familiar, para todas as pessoas, sobretudo, para as crianças que estão na base da formação – Ensino Fundamental.
(Celia Valadão é Cantora, bacharel em Direito e Vereadora)
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