Assof repudia ataques a Ricardo Rocha
Diário da Manhã
Publicado em 28 de fevereiro de 2016 às 22:22 | Atualizado há 2 semanasFOTO DO TEN-CEL RICARDO ROCHA (FARDADO), DO TEN-CEL UBIRATAN (TAMBÉM FARDADO… É A FOTO DELE PARA ARTIGO) E FOTO DO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA, JOSÉ ELITON… COLOCAR TAMBÉM UM FAC-SÍMILE DE UM DOCUMENTO DA JUSTIÇA EM QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE ARQUIVAMENTO DE AÇÃO PENAL QUE PESAVA CONTRA RICARDO ROCHA
A posse do tenente-coronel Ricardo Rocha como titular do Comando do Policiamento da Capital (CPC) na última sexta-feira foi tripudiada por movimentos de defesa dos direitos humanos sob o argumento de que ele foi “acusado” de liderar grupo de extermínio e chacina. A nota divulgada pelo Movimento Nacional dos Direitos Humanos falou em “repúdio” à indicação do oficial para comandar a Polícia Militar em Goiânia e invoca uma “Segurança Pública que garanta a paz social e o respeito a legalidade das ações”.
Assinada pela representante nacional do MNDH , Lurdinha Nunes e pelo ativista goiano Liorcino Mendes, a nota provocou uma onda de descontentamento contra o movimento e pacificou a liderança que o oficial exerce sobre a tropa. Além de oxigenar a atividade dos policiais militares na capital a posse do novo comandante representa uma emblemática tentativa de fazer com que os bandidos respeitem mais a polícia, situação que há alguns meses deixou de existir em Goiânia, como comprovam as seguidas ocorrências de tiroteio dos marginais com agentes da segurança.
As acusações do MNDH versam principalmente sobre a Operação Sexto Mandamento, deflagrada pela Polícia Federal em 2011 e que resultou na prisão de diversos policiais, incluindo oficiais do alto escalão como o coronel Carlos César Macário [na época era sub-comandante-geral da PM] e o tenente-coronel Ricardo Rocha. Em agosto de 2014 o titular da 2ª Vara Criminal de Goiânia, juiz Jesseir Coelho de Alcântara determinou a baixa e arquivamento da ação penal que tramitava contra eles. O principal argumento para o magistrado arquivar o caso foi requerimento feito pelo representante do Ministério Público nos autos, isentando Ricardo Rocha de responsabilidade criminal no caso.
Após o arquivamento os oficiais – Ricado Rocha, Macário e o tenente-coronel Alessandri da Rocha Almeida – ingressaram na Justiça reivindicando reparação moral pela perseguição sofrida. Alessandri comentou na época do arquivamento que eles foram vítimas de uma horrenda injustiça. “É vergonhoso ver que não mostraram sequer um suposto homicídio cometido ou mandado por esse grupo de homens presos e achincalhados. Não conseguiram mostrar onde estão os cemitérios clandestinos e nem mesmo a suposta organização criminosa”, frisou.
Outra acusação que pesava contra o tenente-coronel Ricardo Rocha se dissipou no vento em março de 2014 com sua absolvição no Tribunal do Júri de Goiânia. A morte de Marcelo Coka da Silva ocorreu em 2004 quando ele foi abordado na Avenida Araguaia por uma equipe das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) comandada à época pelo tenente-coronel Rocha.
Endosso
Para o tenente-coronel Ubiratan Reges de Jesus Júnior, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e Bombeiros Militares essa absolvição é muito significativa para aferir o grau de confiança que Ricardo Rocha desperta em seus camaradas e até autoridades de outros setores. “O próprio promotor de Justiça que oficiou no caso desse Júri pediu a absolvição do tenente-coronel Ricardo Rocha, por considerar que ele agiu em legítima defesa e dentro dos limites do estrito cumprimento do dever legal, o que comprova que a decisão do conselho de sentença endossou o entendimento de quem fazia a acusação e retirou essa acusação”, frisa o líder dos oficiais. Ubiratan lembra que alguns veículos de comunicação de “isenção duvidosa” fizeram considerações inverídicas contra Ricardo Rocha e que no momento certo serão rechaçadas com vigor, inclusive com questionamento na Justiça. “Jornalecos de outras Unidades da Federação mentem de maneira deslavada contra a honra de oficiais de Goiás e não têm qualquer compromisso com a verdade. Isso precisa ser seriamente combatido”.
Existem outras linhas de consideração levantadas pelo tenente-coronel Ubiratan. Ele questiona das lideranças do movimento dos direitos humanos se eles queriam que os policiais fossem alvejados sem reagir ou se eles acham que a obrigação dos agentes da lei era morrer para permitir que um criminoso continuasse a praticar crimes contra a sociedade, como roubos, assaltos, latrocínios e tráfico de drogas.
“É totalmente descabido considerar que militantes dos direitos humanos levantem meras suposições até hoje contra dignos oficiais da Polícia Militar por processos já julgados improcedentes e arquivados pela Justiça. Na verdade estão fazendo pura intriga e fofoca, como se dissessem assim: olha um dia, em alguma ocasião esse homem foi acusado, tudo bem que ele foi absolvido, mas ele foi acusado e por isto não pode mais conviver em sociedade nem trabalhar de forma honesta. Ninguém em sã consciência dará créditos a fofocas e intrigas em um cenário crítico como estamos vivenciando”, comenta. Outros oficiais e praças solidários a Ricardo Rocha lançaram um desafio aos militantes de movimentos de direitos humanos sobre como proceder com os bandidos que estão atormentando a vida da população. “Esses militantes dos direitos humanos deveriam levar esses indivíduos que praticam crimes costumeiramente para suas casas e tentar demovê-los da atividade criminosa. Dando-lhes casa, comida, uma cama digna para dormir e até dinheiro para as drogas que eles costumeiramente fazem uso. Deveriam também visitar as casas das vítimas desses marginais e tentar convencer suas famílias de que sua execução pelos bandidos foi acertada. Talvez assim eles mudem a visão sobre quem combate os crimes, quem pratica esses crimes e quem é vítima desses crimes”.
O novo secretário de Segurança Pública, José Eliton, divulgou nota endossando integralmente a indicação de Ricardo Rocha para o CPC e concluiu que “não há fatos que possam desabonar a conduta do tenente-coronel Ricardo Rocha” e que o vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton, reitera integral confiança na sua pessoa para exercer o Comando da Capital.
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