Em cinco dias, 126 veículos foram roubados na Grande Goiânia

Eles não dão trégua. Agem com esperteza. Para eles, qualquer hora do dia ou da noite é favorável para o roubo e furto de veículos, em Goiânia e cidades da Região Metropolitana. Os recorrentes roubos e furtos de veículos têm aumentado significativamente. Os criminosos buscam por veículos que estão previamente encomendados, geralmente os carros luxuosos são os mais cobiçados, sendo as camionetes as mais roubadas na capital. Nos finais de semana são registrados mais casos de roubo e furto e veículos.

De acordo com informações da PM, de 14 a 19 de fevereiro foram 126 veículos roubados e outros 77 furtados na Grande Goiânia (capital e cidades vizinhas). No Estado, a farra do furto e roubo de veículos funciona por meio de um sistema criminoso muito bem organizado, trata-se especificadamente de quadrilhas especializadas para esse tipo de crime. Isso significa que existem bandos subdivididos e com metodologias de atuação.

Enquanto que os roubos são mais recorrentes em áreas residenciais de alto padrão, os furtos acontecem com maior frequência em regiões de comércio popular com menor poder aquisitivo. Segundo ele, geralmente os carros levados em assaltos são mais modernos, pois são difíceis de serem arrombados.

Os veículos subtraídos são deixados em galpões onde, geralmente, funcionam os desmanches. Nesses locais, peças são retiradas para, posteriormente, serem vendidas em lojas de autopeças de veículos automotores.

Desde que a Central de Flagrantes da Polícia Civil foi inaugurada no dia 28 de janeiro, a Delegacia de Furtos e Roubos não registra ocorrências de flagrantes, exceto quando realizada investigação e apreensão de veículos, além de fechados desmanches de carros pela própria Polícia Civil. A Polícia Militar, que trabalha diuturnamente nas ruas, no combate ao crime organizado critica à atitude.

São vários os destinos dos carros subtraídos no Estado. Entre os mais comuns estão a troca por drogas, desmanche para a retirada de peças valiosas, clonagem de placas e o uso para a prática de outros crimes, como assaltos e sequestros.

Em bairros nobres da capital, os furtos e roubos acontecem com maior frequência devido à quantidade de barzinhos, boates e restaurantes. Mas essa estatística, não descarta o registro de roubos e furtos em outros bairros da cidade.

Na última quarta-feira (17) a Polícia Militar e equipe do Grupo Radipatrulha Aérea (Graer) fecharam três galpões onde funcionavam desmanches de carros de luxo na Vila Canaã. Cinco homens foram presos e levados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, entre eles o proprietário do desmanche Everaldo de Lima Souza, 31 anos.

HILUX

Nos galpões foram encontradas inúmeras carcaças de carros e peças que, posteriormente, seriam vendidas nas três lojas do dono do desmanche. “São caros de luxo, principalmente camionetes Hilux. A maioria são carros com placas de Goiânia”, disse o aspirante Oliveira (PM).

A Polícia Militar chegou ao local por meio de denúncias anônimas e ronda nas proximidades onde os carros eram desmanchados. Porém, no mesmo dia em que a operação foi deflagrada, ninguém da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DFRVA), havia comparecido no local para fazer a perícia.

Por telefone, o superintendente de Polícia Judiciária Odair José Soares, afirmou que a “Delegacia de Furtos e Roubos não pode terminar um trabalho que a Polícia Militar começou. Mas uma investigação pode ser realizada”, explica.

DELEGADO

Nossa reportagem tentou por várias vezes conversar com o delegado Murilo Polati, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, para comentar sobre o trabalho realizado pela delegacia, as formas de atuação e as metodologias aplicadas para desarticular as quadrilhas, porém o delegado não foi encontrado e não atendeu nossas ligações.

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Perguntas que DRFVA pode responder à sociedade:

– A estatística de carros roubados não está aumentando?

– Por que a Delegacia de Furtos e Roubos não está realizando operação nos ferros-velhos da Vila Canaã?

– Quantas quadrilhas foram presas desde o ano passado? E quais os bairros mais preferidos para atuação dessas quadrilhas?

– Quantos veículos são apreendidos por mês pela delegacia?

– Qual a média de recuperação de veículos? É contabilizado na lista da Polícia Civil os veículos recuperados pela Polícia Militar?

– Por que a delegacia parou de atender os flagrantes da PM?

– Antes tudo era encaminhado para a Furtos e Roubos. Agora é levado para Central de Flagrantes. Essa descentralização não prejudica as investigações?

– E, por último, como é o perfil dos ladrões de carros?

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