Pesquisa confirma que zika consegue atravessar placenta

Nesta quarta-feira, cientistas do Paraná divulgaram o resultado de uma pesquisa que confirma a existência da capacidade do zika vírus de atravessar placentas de gestantes. Teriam sido encontrados, pelo Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz de Curitiba, traços de DNA do vírus em amostra de tecido de uma mulher que teve a gravidez interrompida.

A mulher vivia no Nordeste e não foi identificada. Ela teria relatado sintomas compatíveis à infecção semanas antes de sofrer um “aborto retido”, nome que se dá aos casos em que o feto para de se desenvolver no útero.

O zika foi identificado por meio de um PCR – exame que detecta traços de material genético do patógeno. “Este resultado confirma de modo inequívoco a transmissão intrauterina do zika vírus”, afirmou o instituto em comunicado. A virologista Cláudia Nunes Duarte dos Santos foi a responsável por liderar a pesquisa.

Ainda segundo o que avaliam os cientistas do instituto, a transmissão da infecção pelo vírus pode se dar através das chamadas “células de Hofbauer”, um tipo de célula do sistema imune, que faz a defesa do organismo.

A tese de que as células de Hofbauer estariam provavelmente capturando o zika e depois sendo absorvidas pela  placenta ainda não foi confirmada.