COP 21 em Paris
Diário da Manhã
Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 21:48 | Atualizado há 9 anosÉ agora ou nunca. Na conferência mundial que está acontecendo em Paris para discutir sobre os efeitos do aquecimento global e as mudanças climáticas, estão reunidos representantes de 150 países.
Espero que não seja em vão, como infelizmente aconteceu com o tratado de Quioto e a Rodada de Doha. Nas duas ocasiões as grandes potências se negaram a assinar o acordo para diminuir a emissão de gás carbono lançado na atmosfera destruindo a camada de ozônio. Esta conferência que está acontecendo teve início no dia 30 de novembro e vai até o dia 11 de dezembro deste mesmo ano, tempo suficiente para discutir as medidas que deveremos tomar para recuperar o planeta da depredação que nos mesmos causamos.
Estão reunidos em Paris chefes de estados de quase o mundo inteiro. Espero piamente que saia de lá medidas concretas e estas medidas tem que ser impostas a cada ser humano: Vindo de cima para baixo, começando das siderúrgicas e fábricas se comprometendo a tratar suas fumaças poluentes e os resíduos tóxicos despejados nos rios e que dos rios vão para o mar destruindo a cadeia alimentar. Passando também pelos governantes, se comprometendo a instalar em todas as ruas de nossas cidades saneamento básico. Tratar os esgotos e despoluir os rios mesmo que cobre a conta de cada cidadão. As imobiliárias se comprometendo a respeitar as leis ambientais evitando expandir loteamentos sobre nascentes. passando também pelos agricultores, respeitando o limite das áreas de reserva determinadas por lei incluindo as margens de córregos, riachos, e rios. Coibir severamente os desmatamentos que é um dos maiores crimes ambientais . Chegando ao cidadão comum que joga lixo na rua, e que faz ligação de esgoto nas redes pluviais e varias outras falta de educação.
Daqui para frente temos que assumir uma nova cultura: a cultura da renda sustentável, temos que usar a tecnologia e a nossa inteligência para reciclar nosso lixo. Recentemente pesquisadores descobriram em uma determinada região do oceano, uma área maior do que o território brasileiro com o fundo repleto de lixo doméstico. Imagina isso no mundo inteiro. Estamos vivendo uma era que o dinheiro fala mais alto, dó se fala em safra recorde, não se importando que acaba com nossas matas, assoreiam nossos rios, matam nossos peixes e aves com inseticidas, ervicidas e tudo que é homicida.
O grande barato dos luxuosos condomínios horizontais é vista panorâmica soterrando e levando a morte das nascentes e córregos, para depois lançar seus dejetos fecais no filete de água que restou se transformando numa vala de esgoto fedorento. Aí já é responsabilidade do mercado imobiliário.
A pouco tempo atrás os ambientalistas e cientistas nos alertavam que em um futuro bem próximo a terra seria castigada com um calor infernal, e que haveria mudanças climáticas causando chuvas torrenciais com grandes destruições em algumas regiões e secas contínuas em outras. Porém esse futuro chegou antecipadamente. há pouco tempo atrás eu ficava estarrecido ao ver reportagens de temperaturas de 40 graus nos desertos da África e Oriente Médio. Imaginava como pode o ser humano sobreviver com tanto calor? Nesse ano de 2015 já passamos por isso e muito mais. Teve estado brasileiro que a temperatura chegou aos 45 graus, e isso nos meses que era para estar chovendo: outubro e novembro.
Não tem outra explicação a não ser a ação humana. Vamos torcer para que a Cop21 em Paris, a conferencia mundial para discutir as medidas que devemos tomar sobre o aquecimento global tenha bons resultados e vamos dar as mãos e abraçar a causa porque a missão de salvar o planeta é dos ricos e dos pobres, dos fortes e dos fracos, dos grandes e dos pequenos, é minha e é sua, é de todos!.
(Eduardo Guilherme Barbosa, aposentado)
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