“As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”

No dia 26 de agosto de 1910, nascia na cidade de Escópia, atual capital da Macedônia, no centro-sul da Europa, Anjezë Gonxhe Bojaxhiu, que mais tarde se naturalizaria indiana, e seria conhecida mundialmente como Madre Teresa de Calcutá. Teve seu nome amplamente divulgado como exemplo de bondade e de solidariedade por campanhas em várias partes do mundo, sendo contemplada na década de 1970 com os prêmios Templeton (1973) e Nobel da Paz (1979).

A concepção e fundação das Missionárias da Caridadepor Madre Teresa foi um dos maiores motivos do reconhecimento do trabalho da beata. Trata-se de congregação católica criada em 1950 na cidade de Calcutá, na Índia, que tem como objetivo a prática e vivência da caridade no dia a dia, dando assistência e cuidados às pessoas economicamente menos favorecidas e que necessitam de ajuda. Hoje a congregação está presente em mais de 133 países e conta com cerca de 4.500 membros.

Votos

A carreira religiosa da jovem Anjezë começa aos 18 anos, na Irlanda, noroeste da Europa, no Instituto Beatíssima Virgem Maria, ao lado das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto. Foi através do trabalho que iniciou nessa instituição que partiu em missão para a Índia, onde fundou o grupo Missionárias da Caridade. Não foi simples para ela estabilizar-se em um local de tamanha diversidade religiosa.

Grupos que professavam outras fés não simpatizaram de imediato com a missionária, mas com o passar do tempo, Madre Teresa passou a ser admirada e inclusive teve seu projeto social patrocinado por líderes de outras organizações religiosas. Os donativos para as Missionárias da Caridade vinham de várias crenças que acreditavam na proposta nobre de Madre Teresa, como hindus, muçulmanos, budistas.

Os cuidados das Missionárias da Caridade foram ficando famosos em todo o mundo, pois elas lidavam com situações complicadas como crianças abandonadas, pessoas sofrendo de aids, mulheres que haviam sido abusadas e engravidaram, leprosos, entre outros. Em 1965 a congregação foi aprovada pela Santa Sé, e nos anos seguintes teve sua essência estendida para várias partes do mundo, como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos, Itália, antiga União Soviética, China etc.

Beatificação

Madre Teresa de Calcutá veio a falecer em 5 de setembro de 1997, enquanto preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana, que havia falecido recentemente. Ela sofreu uma parada cardíaca aos 87 anos. Foi beatificada em 2003, pelo papa João Paulo II, com a ocorrência do milagre da indiana Monica Besra, que se disse curada de um tumor no estômago, inexplicavelmente, e atribuiu a cura à Teresa de Calcutá. Pode ser que ela seja declarada santa por papa Francisco em 2016, no Jubileu da Miséricordia.