Cotidiano

Líderes de seita que escravizavam fiéis são presos pela Polícia Federal

Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 01:32 | Atualizado há 9 anos

Agência Brasil

Seis líderes de uma seita religiosa, a “Comunidade Evangélica Jesus, a verdade que marca”, foram presos ontem durante operação da Polícia Federal (PF) em Minas Gerais, em São Paulo e na Bahia. Eles são suspeitos de manter fiéis em situação análoga à escravidão e de se apropriar do patrimônio das vítimas.

Segundo a Polícia Federal, os fiéis frequentavam uma igreja com sede em São Paulo e eram convencidos a participar da seita religiosa no interior de Minas Gerais. A PF afirmou que os suspeitos abordavam pessoas com fragilidade emocional e pediam a transferência de todos os bens para a instituição.

Sob o argumento da convivência em uma comunidade onde “tudo seria de todos”, os fiéis eram obrigados a trabalhar sem qualquer pagamento. Os investigadores estimam que o patrimônio recebido nas doações ultrapassa R$ 100 milhões.

Ao todo, foram cumpridos 129 mandados judiciais. Além das prisões, seis mandatos de busca e apreensão, 47 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada à polícia para prestar depoimento) e 70 de sequestro de bens, envolvendo imóveis, veículos e dinheiro. Os suspeitos estão presos temporariamente por cinco dias, podendo ter a prisão prorrogada.

Os investigados poderão responder pelos crimes de redução de pessoas à condição análoga de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

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