Opinião

Índice de Inflação aumentou em Goiânia

Diário da Manhã

Publicado em 6 de agosto de 2015 às 23:04 | Atualizado há 9 anos

Depois de três meses em queda, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Goiânia voltou a subir e apresentou variação de 1,35% em julho, taxa muito superior à registrada no mês anterior (0,28%). No acumulado do ano, o índice já está em 9,03%, acima dos 4,06% no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a inflação situa-se em 13,6%, e constitui-se na mais elevada para o período desde outubro de 2003 (17,73%), conforme apurou o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

Durante entrevista coletiva no miniauditório da Segplan o gerente de Pesquisas Sistematicas e Especiais do Instituto Mauro Borges (IMB), Marcelo Eurico de Sousa, avaliou intens como a baixa dos preços dos combustíveis em agosto forçada ela ação da justiça, e  em contra partida o aumento de itens de necessidades básicas como agua e energia para o levantamento de agosto. “Essa baixa dos combustíveis vai contribuir de forma positiva, vai haver reajuste mas o índice não vai ter mais essa pressão. Com a elevação do preço da água alguns custos acabam influindo no setor produtivo como um todo. No mês de setembro voltamos com mais um reajuste da energia elétrica de 5%”, ressalta.

Lembrando que a água de janeiro a julho em sete meses já subiu 22,83%  e a energia elétrica 43,61%, ou seja, não há muitas saídas para o consumidor nesses dois itens. “A não ser a redução de consumo, não há muito o que se fazer,  só isso já compromete bastante o orçamento de todas as famílias. Até o final do ano no caso da agua nem tanto, mas no caso da energia elétrica deve subir mais ainda. E a reboque temos toda uma cadeia produtiva que necessita de agua e energia para sua produção de alguma forma isso vai impactar no preço final sim, não é algo imediato, mas deve chegar ao bolso do consumidor em algum momento”, ressalta Marcelo.

Em médio prazo o consumidor deve sentir o preço dos demais produtos e serviços subirem após a incorporação desses custos . Marcelo ainda lembra que os  impactos que virão ao longo do ano devem contribuir mais ainda: “Estamos em um momento em que alimentos tendem a preços menores principalmente nos grupos de hortaliças tubérculos, frutas em razão da melhor oferta, mas em contra partida temos outros itens como leite e seus derivados que  entram num período de menor oferta. A carne bovina também tende a sofrer aumento de preço nesse período, veremos a reação do mercado”, explica o gerente.

Agora o que resta ao consumidor de acordo com Marcelo, é a redução do consumo ou pesquisa de preço. “Não tem outra situação ou controla o consumo  por que alguns itens não tem como ficar sem, ou busca preços melhores. Além disso observar com mais cautela os gasto variáveis, alimentação transporte, reduzir ou substituir fazer o orçamento chegar até o final do mês”, ressalta .

O gerente lembra que esta 0,68% mais caro para quem se alimenta fora de casa, isso por que os preços foram puxados principalmente pelo setor de lanche, salgadinhos e sanduiches. No entanto o almoço a peso ficou estável, setor tenta equilibrar, encontrar alimentos com preço menor. ” Se as pessoas perceberem que fazer a comida em casa para levar para rua fica mais em conta que comer fora é isso que irão fazer, então o mercado tenta equilibrar de os preços para mantê-los atrativos ou perdem a clientela”, diz.

A disparada da inflação no mês de julho foi influenciada, fortemente, pelos aumentos da passagem de ônibus interestadual (20,14%), reajuste das tarifas de água e esgoto (19,91%), ingressos de futebol (16,66%) e do cinema (8,57%), tarifa de telefone fixo residencial (4,69%), alta dos preços dos combustíveis (etanol – 5,97% – e gasolina -2,13%), do leite (2,23%) e do pão francês (2,22%). A energia elétrica também voltou a aumentar (1,53%).

 

Grupos

Em julho, dos nove grupos que compõe o IPC-Goiânia, oito apresentaram acréscimos e apenas um (vestuário) registrou queda. Segundo o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB, Marcelo Eurico de Sousa, dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente pelo IMB/Segplan, 111 tiveram elevação, 33 ficaram estáveis e 61 apresentaram variação negativa. No mês passado, o aumento da inflação de Goiânia teve forte influência do grupo habitação (de 0,75% em junho pra 3,93% em julho), devido aos reajustes da tarifa de água e esgoto, energia elétrica, aluguel residencial e serviços de pintor.

O grupo alimentação, que em junho tinha ficado negativo (-0,78%), também subiu para 0,47% em julho devido às altas do pão francês, leite longa vida, leite em pó integral (4,76%), queijo mussarela (6,09%), feijão carioca (2,09%), refrigerante de dois litros (3,98%), entre outros. As frutas e verduras também registraram aumentos, embora em índices menores do que nos meses anteriores, bem como a carne suína (1,35%) e o frango (1,74%). Na alimentação fora do domicílio, o que pesou foi a alta dos salgadinhos (2,25%, em média).

A volta às aulas também influenciou na alta média dos produtos que compõem o grupo educação, que registrou alta de 0,18%, devido aos reajustes de artigos de papelaria (0,63%) e cursos de informática (0,72%). Já as promoções generalizadas nas lojas de roupas e acessórios contribuíram para a queda dos preços do grupo vestuário (-0,29%). Os pesquisadores do IMB/Segplan observaram redução nos preços de roupas masculinas e femininas de adultos e crianças.

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