E 2016 levou
Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 21:02 | Atualizado há 3 dias
Morreu ontem vítima de um câncer o ator Alan Rickman, o professor Severus Snape da saga de Harry Potter. Alan nasceu em Hammersmith, Londres em 1946 e completaria setenta anos no próximo dia 21 de fevereiro. Filho de uma dona de casa e um operário, Alan ficou órfão de pai aos oito anos de idade. Sua mãe casou-se novamente, mas o novo matromonio só durou três anos. Margaret, sua mãe, teve de criar sozinha a ele e seus outros três irmãos, sendo um mais velho e os demais todos menores que Alan. Nos estudos, apresentou grande afinidade para a caligrafia e a pintura em aquarela, ganhou bolsa de estudos para a Latymer Upper Schol, onde teve seu primeiro contato com o teatro. Estudou desing em
Chelsea College of Art and Design e, mais tarde, na Royal College of Art, e pôde trabalhar como desinger gráfico para o Notting Hill Herald, um jornal considerado radicalista.
Após se formar na universidade, abriu em parceria com amigos a Graphiti, uma empresa especializada em desing gráfico, mas três anos mais tarde decidiu que queria realmente ser ator. Então na década de 1970 ingressa na (RADA), onde estudou por três anos e trabalhou como assistente de guarda-roupa de atores consagrados do mundo teatral britânico para custear seus estudos. Durante sua estada em RADA, recebeu várias premiações, inclusive de melhor aluno do ano. Seu primeiro papel de destaque na televisão britânica foi em 1982 para o The Barchester Chronicles da BBC, onde interpretou o Reverendo Obadiah. Nos anos de 1990 ganhou notoriedade por interpretar grandes vilões em Hollywood como o memorável Hans Gruber, o Xerife de Nottingham em de 1991, o de no filme para televisão da baseado na vida do famoso monge russo em 1996 e, mais recentemente o do professor na saga entre os anos de 2001 e 2011.
Pelo longa-metragem Rasputin onde trabalhou com Ian Mckellen, Alan Rickman recebeu diversos prêmios, entre os quais o Emmy por melhor ator em filme e minissérie, o Globo de Ouro, o Prêmio Screen Actors Guild e o Prêmio BAFTA pela interpretação em Hobbin Hood: Prince of Theives, todos como melhor ator. Mesmo após sua morte ainda poderemos acompanhar o trabalho do ator que deixou dois trabalhos inéditos. Em Alice Através dos Espelhos, o ator emprestou sua voz à lagarta e, atuou em Eye in the Sky. Ambos os filmes estreiam este ano, no Brasil e no exterior. Atuou em mais de 30 filmes além de ter dirigido e trabalhado como roteirista nos longas-metragens Momento de Afeto (1997) e Um Pouco de Caos de 2014. Em 2010, em parceria com o grandioso Tim Burton, Rickman já havia emprestado sua voz para a Lagarta Azul em Alice in Wonderland. Outra parceria com Tim Burton, realizada três anos antes, em 2007 no longa-metragem
Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street, que foi bem recebido pela crítica.
Em 1988, como o vilão Hans Gruber de Duro de Matar, onde contracenou com Bruce Willis, Alan (ou Hans) e seu bando invadem o prédio da Nakatomi Plaza para roubar cerca de seicentos e quarenta milhões de dólares e sequestram todos os presentes no local. O policial John Mclane, interpretado por Willis estava no local, mas consegue escapar e é o único capaz de resgatar os demais, inclusive sua esposa Holly Genero, interpretada por Bedelia. O clássico de ação dos anos 1980 vale a pena ser assistido novamente para matar as saudades que Alan já nos deixou.
Esta semana já nos deixaram, além de Alan Rickman, o cantor David Bowie que também lutava há um ano e meio contra um câncer e o ator e humorista brasileiro Shaolin, que há cinco anos recebia tratamento em casa após sofrer um acidente automobilístico em 2011. O humorista se comunicava apenas através de contato social e na noite de ontem deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva após ser detectada uma infecção pulmonar que avançou para uma infecção generalizada. Shaolin tinha 44 anos, deixa esposa e dois filhos.
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