Brasil

‘Ele estava vivo’, diz advogada de mulher que levou cadáver para sacar empréstimo no Rio

Advogada afirma que homem estava vivo ao chegar em agência bancária para sacar empréstimo de R$ 17 mil. Caso ocorreu na zona oeste do Rio de Janeiro.

Folha Press

Publicado em 17 de abril de 2024 às 16:12 | Atualizado há 9 meses

A advogada que representa Érika de Souza Vieira Nunes, que levou o cadáver de um homem a uma agência do Itaú Unibanco, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, para sacar um empréstimo de R$ 17 mil, afirmou que o homem estava vivo quando chegou ao local. O caso ocorreu na tarde desta terça-feira (16).

“Os fatos não aconteceram como foram narrados. O senhor Paulo chegou a unidade bancária vivo. Existem testemunhas que no momento oportuno também serão ouvidas, que ele começou a passar mal e depois teve todos esses trâmites. Tudo isso vai ser esclarecido e acreditamos na inocência da senhora Érika”, disse a advogada Ana Carla de Souza Correa, em entrevista à TV Globo.

A vítima foi identificada como Paulo Roberto Braga, 68.

Funcionários da agência bancária chamaram a polícia após desconfiarem do estado de saúde de Braga, que chegou ao banco em uma cadeira de rodas, levado por Érika para assinar a efetivação de um empréstimo de R$ 17 mil.

Segundo o delegado, Braga já estaria morto quando entrou no banco.

Imagens feitas na agência mostram que Érika tentou fazer o homem, morto, assinar o documento. “Tio, tá ouvindo? Se o senhor não assinar, não tem como”, afirmou a mulher, identificada como Érika de Souza Vieira Nunes.

Ela se apresentou como sobrinha e cuidadora do idoso.

No vídeo ela insiste, ajustando o documento e apoiando a cabeça e as mãos do homem, que não reage durante todo o registro.

“Ele não está bem, não, a corzinha…”, afirmou uma das funcionárias do banco que tentou intervir, ao que Érika responde “ele é assim mesmo”.

Procurado, o Itaú Unibanco afirmou, em nota, que acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) assim que identificou a situação. Segundo a TV Globo, a equipe constatou que Paulo estava morto havia algumas horas.

A Polícia Civil do Rio investiga como e quando o homem morreu. A mulher foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Também apura as circunstâncias do empréstimo para saber se ele foi feito quando ele ainda estava vivo.

O corpo de Paulo Braga foi levado para o Instituto Médico Legal.

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