“Vou apoiar o mesmo nome de Caiado e Bolsonaro em Anápolis”
Redação
Publicado em 29 de novembro de 2023 às 14:11 | Atualizado há 1 anoO candidato do prefeito Roberto Naves (Republicanos) em Anápolis vai ser o que tiver o apoio também do governador Ronaldo Caiado (União) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do executivo anapolino diz estar 100% alinhado com a dupla, apesar de o nome do postulante ainda não ser conhecido. A posição do prefeito foi revelada em entrevista ao Jornal Opção.
Roberto Naves trabalha para construir uma aliança entre o Republicanos, o PL, Progressistas e o União Brasil para fazer o sucessor em 2024. A primeira conversa com os dirigentes partidários deverá ocorrer em janeiro do ano que vem, conforme aliados do presidente do Republicanos, já que a mudança de sigla só ocorrerá em 2 de abril e as convenções em julho. O gestor não inclui na aliança o MDB do deputado federal em exercício Márcio Corrêa, também pré-candidato a prefeito e integrante da base caiadista.
Há algumas semanas, Roberto Naves surpreendeu o meio político ao trocar o Progressistas pelo Republicano e, de imediato, assumir a presidência estadual do partido. De imediato, iniciou conversações para buscar candidatos a prefeito em grandes cidades, além de Goiânia, que já tem Rogério Cruz.
Até agora, não definição em relação ao candidato a ser lançado pela direita anapolina, mas são citados os nomes do vereador Leandro Ribeiro (PP), vereador Hélio Araújo (PL), vice-prefeito Márcio Cândido (PSD), secretária de Integração Eerizânia Freitas, reitor da UniEvangélica, Carlos Mendes. O ex-deputado federal Major Vitor Hugo voltou a ser lembrado. “Eu vou decidir quem apoiar levando em consideração a força de vontade para cuidar das pessoas”, disse o prefeito.
Questionado sobre a não inclusão de Márcio Corrêa (MDB) na lista de alternativas do bloco situacionista para a disputa à prefeitura, Roberto Naves respondeu ao Jornal Opção: “Pessoalmente, não tenho nenhum problema com o Márcio Corrêa. Mas eu vou inverter a pergunta: em 2020, disputei eleição contra o PT e fui para o segundo turno contra o PT. Márcio Corrêa foi o terceiro colocado. No segundo turno, ele ficou do lado da direita ou ele ficou do lado da esquerda? Ele não declarou apoio. Ele, que hoje se diz representante do bolsonarismo, não me apoiou nem contra o PT”.
Contra o PT
O prefeito reafirmou sua posição sobre as eleições de 2024 em Anápolis: o candidato que disputar contra Antônio Gomide (PT), no segundo turno, terá o seu apoio. “Eu já derrotei Antônio Gomide três vezes. Jamais vou omitir. Isso é ser direita, isso é ter lado”.
RobertoNaves sustenta que a rejeição ao PT em Anápolis é “gigantesca” e justifica: “A influência do presidente Jair Bolsonaro, do governador Ronaldo Caiado, do prefeito Roberto Naves — todos esses fatores têm o seu peso. Em Anápolis, a influência das igrejas tem o seu peso. Lá, o pleito é extremamente técnico, científico; reflete a vontade de um povo que não tem medo de votar e de arriscar”.
Foco na gestão
Roberto Naves adianta que está focado na gestão, em Anápolis: “Tenho R$ 700 milhões em obras sendo executadas. Tenho muitos problemas para resolver até terminar meu mandato. E eu sou um cara focado. Sabe quantas carreatas e passeatas eu fiz nas eleições de 2020? Nenhuma. Porque eu entendo que o político não deveria nem pedir voto — ele deveria pedir uma oportunidade de emprego. Somos funcionários e meu foco nesse momento é terminar meu trabalho”.
Para Roberto Naves, quem precisa ganhar as eleições que vem são os candidatos, e eu não sou candidato. “Decidirei o meu apoio e a minha opinião quando chegar a hora. Cada um tem que construir o próprio caminho e a própria história, foi assim comigo. É isso que eu falo para todos que sonham em ser prefeitos: trabalhe primeiro, se preocupe depois”.
Darrot diz que está pronto para administrar Goiânia
O ex-prefeito de Trindade por dois mandatos Jânio Darrot (MDB) explicou, em entrevista à Rádio Sucesso FM, como se deu o convite do governador Ronaldo Caiado para que ele pudesse disputar a prefeitura de Goiânia nas eleições do ano que vem na condição de candidato da base governista.
Segundo o empresário, o processo que o coloca como possível nome da base em 2024 se iniciou com levantamentos qualitativos, que teriam apontado o seu perfil de gestor como aquele que a população goianiense deve buscar para administrar Goiânia. Jânio explicou a conversa que teve com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e Daniel Vilela, vice-governador e presidente estadual do MDB, partido no qual o ex-prefeito é filiado.
“O governador me chamou no Palácio. Eu até pensei que iríamos tratar de assuntos ligados a Trindade, mas, para minha surpresa, ele falou comigo: olha Jânio, o que as pesquisas qualitativas de Goiânia apontam é que você tem o perfil ideal para disputar as eleições na capital no ano que vem. Então, como você tá comigo, tá na base, e eu tenho total confiança em você eu quero te convidar”, explicou Darrot.
Bruno na Alego
De acordo com o ex-prefeito de Trindade, Ronaldo Caiado também o teria dito que precisa que Bruno Peixoto, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, com mandato na Mesa garantido até 2026, continue na Alego, sobretudo pela boa gestão que ele vem fazendo na Casa de Leis goiana.
“Então o Caiado me disse que estava contando comigo para ser o candidato da base para disputar essas eleições, e falou que, se eu permitisse, ele iria incluir meu nome nas próximas pesquisas. Eu, imediatamente, falei: governador, eu tô pronto. Eu me sinto preparado para administrar Goiânia hoje”, pontuou.
Assim como tem dito o deputado Bruno Peixoto, Darrot se declara amigo e aliado do presidente da Alego, que também vem atuando para se viabilizar candidato a prefeito de Goiânia nas eleições do ano que vem, muito embora já tenha declarado outras vezes que só seria esse candidato se essa for a vontade do governador Ronaldo Caiado e do vice, Daniel Vilela. Apesar da amizade que os une, há divergências entre Darrot e Bruno sobre critérios para definição do nome da base para o Paço Municipal nas eleições de 2024.
Bruno Peixoto tem dito a correligionários e aliados que as pesquisas quantitativas devem definir quem será o candidato da base, definição essa que deve ocorrer a partir de março do ano que vem. Até lá, Bruno defende seu direito de continuar pleiteando a vaga. Já Jânio Darrot afirma que o perfil indicado pelos eleitores goianienses a partir das pesquisas qualitativas são mais importantes na definição do nome de quem representará a base governista.
]]>