Economia

Prazo de semeadura vai até 31, alerta Agrodefesa

Goiás ocupa a liderança nacional com o cultivo do girassol. Do total de 41,1 mil toneladas cultivadas no Brasil, 21,8 mil toneladas foram em terras goianas, ou seja, 53,04% de todo o girassol produzido no País, na última safra de 2022

Redação

Publicado em 6 de março de 2023 às 15:00 | Atualizado há 2 anos

Goiás ocupa a liderança nacional com o cultivo do girassol. Do total de 41,1 mil toneladas cultivadas no Brasil, 21,8 mil toneladas foram em terras goianas, ou seja, 53,04% de todo o girassol produzido no País, na última safra de 2022. Este ano não tende a ser diferente. É o que espera a Embrapa. O girassol sobressai, inclusive, na obra de arte. Claude Monet, o impressionista francês, retratou muito bem as flores amarelas do girassol. Nas propriedades rurais goianas, há sempre uma paradinha na estrada para as fotos ante o seu encanto.

Nos últimos anos, apresenta como opção de rotação e sucessão de culturas nas regiões produtoras de grãos, principalmente após a soja no Centro-Oeste. A maior tolerância à seca, a menor incidência de pragas e de doenças, além da ciclagem de nutrientes, principalmente potássio, são alguns dos fatores que têm possibilitado sua expansão e consolidação como cultura técnica e economicamente viável nos sistemas de produção. Em relação à produtividade de girassol, enquanto a média mundial é de cerca de 1.300 kg/ha.

No Brasil, mesmo com a expansão desordenada da cultura, falta de zoneamento agroclimático e fitossanitário, além da assistência técnica pouco capacitada, a produtividade média está em torno de 1.500 kg/ha, acima da média mundial. Contudo, em condições de campo e em regiões com mais tradição de cultivo, as produtividades médias alcançam 2.000 kg/ha. O principal destino desta produção é atender a indústria de óleo comestível ou da agroindústria, o mercado de pássaros, o de silagem e até a produção de biodiesel.

Normas

A colheita de soja avança em todo o Estado e os produtores já começam a utilizar essas áreas para a semeadura do girassol. A Agrodefesa alerta para as normas estabelecidas na Instrução Normativa nº 01/2022, como prazo de semeadura, colheita e demais cuidados fitossanitários que devem ser observados durante o ciclo da cultura. O nome científico do girassol é Helianthus annus, cujo significado é “flor do sol”.

O objetivo dessas medidas fitossanitárias é evitar que nas áreas cultivadas com o girassol em sucessão à colheita da soja, as plantas voluntárias da soja (tiguera) venham a germinar nas entrelinhas da cultura do girassol e adentrem o período do vazio sanitário da soja, tendo em vista que não há herbicida seletivo para o girassol registrado no Ministério da Agricultura.

O prazo final para a semeadura é 31 de março, com a ressalva de que os plantios feitos a partir do dia 14 devem ser de cultivares de ciclo curto (até 105 dias) para que a colheita possa ocorrer até 15 de julho, prazo final estabelecido pela Normativa para conclusão da safra. Outro aspecto que precisa ser observado é o cadastro das lavouras no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) em até 15 dias após o término da semeadura.

O presidente da Agrodefesa, José Essado, ressalta que o girassol é uma cultura de grande relevância econômica para Goiás. “As normas estabelecidas para a cultura do girassol estão fundamentadas em avaliações e pesquisas científicas e seu objetivo, além de diminuir a incidência da ferrugem asiática da soja, é contribuir para o bom desempenho das lavouras, em produção e produtividade, e respeitar o zoneamento agrícola de risco climático estabelecido pelo Ministério da Agricultura”, destaca.

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