Economia

Piscicultura goiana volta a crescer

Após quatro anos consecutivos de queda, a produção de pescado sinaliza o caminho do crescimento em Goiás. A conclusão é do Anuário 2023 Peixe BR da Piscicultura na avaliação da força do peixe brasileiro na economia

Redação

Publicado em 1 de março de 2023 às 14:42 | Atualizado há 2 anos

Após quatro anos consecutivos de queda, a produção de pescado sinaliza o caminho do crescimento em Goiás. A conclusão é do Anuário 2023 Peixe BR da Piscicultura na avaliação da força do peixe brasileiro na economia. A publicação é recém lançada pela Associação Brasileira de Piscicultura. A produção de peixes cultivados no Brasil em 2022 atingiu 860.355 toneladas, com receita de R$ 9 bilhões. A piscicultura gera três milhões de empregos diretos e indiretos.

Discorrendo sobre a criação de peixes em Goiás, o Anuário “observa que os órgãos estaduais e setor produtivo estão juntos para gerar um ambiente de competitividade para o setor. A medida é considerada um grande avanço para alavancar a atividade no Estado nos próximos anos, e de forma regularizada”. Em Goiás, a receita totalizou R$ 15.724.379,36

A piscicultura está enquadrada na Lei nº 20.694/2019, sobre licenciamento ambiental, que abrange os diversos perfis de produtores – micro, pequeno, médio e grande – e as atividades em tanque-rede e tanque escavado, além de ranicultura, algicultura e carcinicultura. Ou seja, o setor como um todo atua sob o guarda-chuva da Secretaria Estadual de Meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-Go).

A expectativa para 2023 é ter mais fomento à produção de peixe. A Comissão de Aqüicultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), em parceria com entidades do setor, já traça estratégias para o incremento do processamento de pescados, observa o documento.

A ABP diz esperar que os setores público e privado “atuem em sintonia para promover a evolução da piscicultura no Estado. O avanço mais significativo passa, necessariamente, pelo desenvolvimento da industrialização e do processamento da produção estadual, o que otimizaria o sistema de certificação e a estrutura da cadeia produtiva”.

Resta saber qual será o impacto da “taxação do agro”, como ficou conhecido o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), cujos recursos virão das atividades agrícola, pecuária e mineral, com taxas de até 1,65% sobre a comercialização de produtos agropecuários, como soja, milho, cana e carnes. A cobrança passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2023.

Espécies mais produzidas

As espécies mais produzidas: tilápia, carpa, truta e panga. A produção alcançou 8.700 toneladas. Os nativos proporcionaram 300 toneladas. Outros: 21.500 toneladas. O crescimento foi de 2,7% a 2021. Maiores municípios produtores no Estado: Niquelândia em primeiro lugar. 2º Quirinópolis; 3º, Inaciolândia; 4º, Gouvelândia; 5º, Luziânia; 6º, Água Fria de Goiás; 7º, Morrinhos; 8º,  Planaltina; 9º, Cavalcante.

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