Politica

Golpistas tem sigilo quebrado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou que a quebra dos sigilos telefônicos e de dados dos oito investigados por incentivar e promover os atos antidemocráticos do dia 12 de dezembro de 2022, em Brasília.

Hélio Lemes da Silva Filho

Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 16:59 | Atualizado há 2 anos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou que a quebra dos sigilos telefônicos e de dados dos oito investigados por incentivar e promover os atos antidemocráticos do dia 12 de dezembro de 2022, em Brasília. A decisão ocorre no âmbito das investigações sobre os atos golpistas e envolve apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O que chama atenção conforme reportagem do jornalista, Rodrigo Rangel, do Metrópoles, é que a ordem expedida no dia 12 de dezembro do ano passado, após os atos, não mira apenas os oito investigados.

A decisão do ministro do STF, concede que os investigadores da Polícia Federal (PF), responsáveis pela investigação possam quebrar os sigilos telefônicos e de dados de todas as pessoas que tiveram contato com os investigados pelo incentivo e promoção dos atos antidemocráticos. 

Outro ponto que é importante ressaltar, é que através das investigações, o núcleo de apoiadores do ex-presidente, seja atingido, e que até mesmo Bolsonaro possa ser ligado aos atos golpistas promovidos na capital Federal.

Relembre o caso

No dia 12 de dezembro do ano passado, após um líder indígena ser preso pela Polícia Federal. Apoiadores de Bolsonaro, deram início a atos de vandalismo. Durante o protesto contra a prisão do índio, “bolsonaristas” que estavam acampados em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, tentaram invadir a sede da PF, e incendiaram carros, ônibus e depredaram órgãos públicos.

Os atos praticados no dia, são investigados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e Polícia Federal (PF), que deflagraram no final do ano passado, a Operação Nero, que prendeu os envolvidos por incentivar os atos e comprar combustível para incendiar outros veículos.

Durante a operação deflagrada em conjunto pelo menos quatro pessoas foram presas, por envolvimento ou por financiar os atos do dia 12 em Brasília. Além da prisão dos envolvidos, a força tarefa encontrou também um arsenal de armas nas casas dos investigados pelos crimes.

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