Anápolis

Deputados de Anápolis opinam sobre distritão

Diário da Manhã

Publicado em 24 de junho de 2021 às 16:43 | Atualizado há 1 dia


AMILTON FILHO
Deputado estadual (SD
)
Primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Goiás Eleito em 2018 com 16.486 votos

A favor do distritão
“Sou favorável ao distritão por acreditar que se torna um sistema eleitoral mais fácil de compreender por parte do eleitor. Como conceber um deputado estadual que teve 30 mil votos e perdeu a eleição, como o Max Menezes, de Aparecida de Goiânia? Enquanto isso outros com muito menos votos ganharam a eleição. Então eu entendo que a gente tem distorções a serem corrigidas no nosso sistema eleitoral”

“Outra situação: tivemos na eleição passada deputado federal em Goiás com quase 300 mil votos que trouxe outros deputados com menos de 30 mil, enquanto outros, com muito mais representação, que obteve aí mais de 70 mil votos, perdeu a eleição”.

“O que eu entendo com isso: se a gente tiver condições de ter um sistema eleitoral onde os mais bem votados sejam eleitos, o eleitor consegue compreender e há uma representação mais assertiva. A gente tira esses fenômenos como a gente viu o Tiririca, o Delegado Waldir aqui em Goiás, e outros no Brasil, que se elegeram e levaram consigo outras pessoas que não eram a opção do eleitor”.

“Eu entendo que no sistema proporcional como ele é hoje, traz uma representação de partido, mas infelizmente no nosso país os partidos são fragilizados e as pessoas votam em sua grande maioria muito mais nas pessoas. Então eu entendo que a gente buscar um sistema eleitoral que privilegia o voto na pessoa, o voto no candidato, é algo mais assertivo. Assim teremos mais condições de não ter arranjos, como por exemplo um partido com um grande puxador de votos que elege duas cadeiras”.

“Nada contra os exemplos que cito. Isso são situações que entendo que o eleitor não quer, não concorda e não compreende esse processo. Então eu entendo que o distritão pode ser um sistema no Brasil que aproximaria mais o eleitor dos eleitos, corrigindo distorções. Obviamente ser proporcional é bom, tem sentido, mas isso em países onde os partidos são fortes”.

“Infelizmente a maioria absoluta dos partidos não tem ideologia definida, não tem bandeira definida, são partidos de ocasião. A gente vê comumente prefeitos, vereadores, deputados, senadores, presidente da República trocando de partido porque a identidade do eleitor não é com o partido, como antigamente, quando tinha o MDB e a Arena, mas com o candidato. Por isso sou favorável ao distritão no Brasil”.



ANTÔNIO GOMIDE
Deputado estadual (PT)

Primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Goiás Eleito em 2018 com 36.998 votos

Contrário ao distritão
“Vejo que num momento de grave crise que vivemos no país, é importante que a gente possa fazer uma defesa da democracia. E uma das ferramentas para fortalecer a democracia é fazer uma boa escolha dos representantes. Nesse sentido, o voto precisa ser valorizado”

“Eu percebo que nesse momento, a discussão do distritão é mais uma tentativa de mudança na regra eleitoral sem se preocupar com a importância do processo eleitoral. O distritão é apenas um olhar, hoje, do Congresso Nacional – deputados e senadores – apenas para quem tem o mandato parlamentar. O distritão fortalece a reeleição de quem está lá”

“O debate precisa passar necessariamente por uma reforma eleitoral: colocar na pauta a diminuição dos partidos, discutir a importância do voto ser obrigatório ou não, podendo ser facultativo. A reforma precisa passar necessariamente pela influência do poder econômico, de como fazer que essa influência não interfira no resultado das eleições. Então eu percebo que a reforma eleitoral é uma necessidade”.

“Eu sou contra o distritão exatamente porque a modalidade não vem no bojo da discussão de fortalecer a democracia, mas como uma distorção para poder mudar a regra num momento já do processo eleitoral com viés muito forte para fortalecer quem tem o mandato parlamentar”


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RUBENS OTONI
Deputado federal (PT)
Cinco mandatos na Câmara Federal Eleito em 2018 com 83.063 votos

Contrário ao distritão
“O distritão é uma enganação até mesmo pelo nome, porque quando se fala distritão dá a impressão que tem um distrito, mas na verdade é o contrário. O chamado distritão praticamente acaba com os partidos e acaba com aquilo que é a eleição proporcional, que hoje é democrática e dá a oportunidade para renovação dos quadros políticos. Com o distritão vai valer a figura da pessoa com aquilo que ele representa na sociedade, então só vai dar espaço para quem tem poder econômico, para quem já tem uma projeção na sociedade ou para quem tem mandato”

“Para mim não teria problema, eu sempre estive entre os 17 mais bem votados em todas as eleições, sempre estive entre os dez, aliás, mas eu não penso em mim, penso no processo eleitoral democrático. Estamos vendo que a política está desacreditada, desmoralizada e um dos canais para recuperá-la é garantir espaços para que cheguem novas lideranças, e uma das formas é o processo que existe hoje”.

“Eu costumo dizer que o sistema eleitoral de hoje tem muitos erros, mas se tem uma coisa boa é ele ser proporcional. É democrático, pois cada um é representado dentro da proporção que tem, e isso acabaria se fosse aprovado o distritão. Eu falo se fosse porque não acho que tem força para passar no Congresso Nacional”.



AMILTON FILHO
Deputado estadual (SD
)
Primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Goiás Eleito em 2018 com 16.486 votos

A favor do distritão
“Sou favorável ao distritão por acreditar que se torna um sistema eleitoral mais fácil de compreender por parte do eleitor. Como conceber um deputado estadual que teve 30 mil votos e perdeu a eleição, como o Max Menezes, de Aparecida de Goiânia? Enquanto isso outros com muito menos votos ganharam a eleição. Então eu entendo que a gente tem distorções a serem corrigidas no nosso sistema eleitoral”

“Outra situação: tivemos na eleição passada deputado federal em Goiás com quase 300 mil votos que trouxe outros deputados com menos de 30 mil, enquanto outros, com muito mais representação, que obteve aí mais de 70 mil votos, perdeu a eleição”.

“O que eu entendo com isso: se a gente tiver condições de ter um sistema eleitoral onde os mais bem votados sejam eleitos, o eleitor consegue compreender e há uma representação mais assertiva. A gente tira esses fenômenos como a gente viu o Tiririca, o Delegado Waldir aqui em Goiás, e outros no Brasil, que se elegeram e levaram consigo outras pessoas que não eram a opção do eleitor”.

“Eu entendo que no sistema proporcional como ele é hoje, traz uma representação de partido, mas infelizmente no nosso país os partidos são fragilizados e as pessoas votam em sua grande maioria muito mais nas pessoas. Então eu entendo que a gente buscar um sistema eleitoral que privilegia o voto na pessoa, o voto no candidato, é algo mais assertivo. Assim teremos mais condições de não ter arranjos, como por exemplo um partido com um grande puxador de votos que elege duas cadeiras”.

“Nada contra os exemplos que cito. Isso são situações que entendo que o eleitor não quer, não concorda e não compreende esse processo. Então eu entendo que o distritão pode ser um sistema no Brasil que aproximaria mais o eleitor dos eleitos, corrigindo distorções. Obviamente ser proporcional é bom, tem sentido, mas isso em países onde os partidos são fortes”.

“Infelizmente a maioria absoluta dos partidos não tem ideologia definida, não tem bandeira definida, são partidos de ocasião. A gente vê comumente prefeitos, vereadores, deputados, senadores, presidente da República trocando de partido porque a identidade do eleitor não é com o partido, como antigamente, quando tinha o MDB e a Arena, mas com o candidato. Por isso sou favorável ao distritão no Brasil”.



ANTÔNIO GOMIDE
Deputado estadual (PT)

Primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Goiás Eleito em 2018 com 36.998 votos

Contrário ao distritão
“Vejo que num momento de grave crise que vivemos no país, é importante que a gente possa fazer uma defesa da democracia. E uma das ferramentas para fortalecer a democracia é fazer uma boa escolha dos representantes. Nesse sentido, o voto precisa ser valorizado”

“Eu percebo que nesse momento, a discussão do distritão é mais uma tentativa de mudança na regra eleitoral sem se preocupar com a importância do processo eleitoral. O distritão é apenas um olhar, hoje, do Congresso Nacional – deputados e senadores – apenas para quem tem o mandato parlamentar. O distritão fortalece a reeleição de quem está lá”

“O debate precisa passar necessariamente por uma reforma eleitoral: colocar na pauta a diminuição dos partidos, discutir a importância do voto ser obrigatório ou não, podendo ser facultativo. A reforma precisa passar necessariamente pela influência do poder econômico, de como fazer que essa influência não interfira no resultado das eleições. Então eu percebo que a reforma eleitoral é uma necessidade”.

“Eu sou contra o distritão exatamente porque a modalidade não vem no bojo da discussão de fortalecer a democracia, mas como uma distorção para poder mudar a regra num momento já do processo eleitoral com viés muito forte para fortalecer quem tem o mandato parlamentar”


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Uma comissão especial na Câmara Federal discute mudanças na lei eleitoral. Entre elas, a adoção do distritão, modelo em que são eleitos os candidatos individualmente mais votados, sem distribuição proporcional das vagas pelos partidos.

O sistema atualmente em vigor é o proporcional, pelo qual são eleitos vereadores e deputados com mais votos em cada partido – após um cálculo de proporcionalidade que determina quantas vagas cada sigla terá direito.

O DM Anápolis buscou a opinião dos deputados estaduais e do deputado federal com domicílio eleitoral na cidade – e que vão tentar a reeleição em 2022 – para saber o que cada um pensa da mudança. Três deles se manifestaram: Rubens Otoni (PT), que falou em entrevista à Rádio Manchester, Amilton Filho (SD) e Antônio Gomide (PT), cujas assessorias enviaram seus posicionamentos à reportagem. Os petistas são contrários ao distritão. Já Amilton se mostra favorável ao sistema. Veja o que cada um disse ao ser questionado se é a favor ou contra o distritão na eleição de parlamentares.



RUBENS OTONI
Deputado federal (PT)
Cinco mandatos na Câmara Federal Eleito em 2018 com 83.063 votos

Contrário ao distritão
“O distritão é uma enganação até mesmo pelo nome, porque quando se fala distritão dá a impressão que tem um distrito, mas na verdade é o contrário. O chamado distritão praticamente acaba com os partidos e acaba com aquilo que é a eleição proporcional, que hoje é democrática e dá a oportunidade para renovação dos quadros políticos. Com o distritão vai valer a figura da pessoa com aquilo que ele representa na sociedade, então só vai dar espaço para quem tem poder econômico, para quem já tem uma projeção na sociedade ou para quem tem mandato”

“Para mim não teria problema, eu sempre estive entre os 17 mais bem votados em todas as eleições, sempre estive entre os dez, aliás, mas eu não penso em mim, penso no processo eleitoral democrático. Estamos vendo que a política está desacreditada, desmoralizada e um dos canais para recuperá-la é garantir espaços para que cheguem novas lideranças, e uma das formas é o processo que existe hoje”.

“Eu costumo dizer que o sistema eleitoral de hoje tem muitos erros, mas se tem uma coisa boa é ele ser proporcional. É democrático, pois cada um é representado dentro da proporção que tem, e isso acabaria se fosse aprovado o distritão. Eu falo se fosse porque não acho que tem força para passar no Congresso Nacional”.



AMILTON FILHO
Deputado estadual (SD
)
Primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Goiás Eleito em 2018 com 16.486 votos

A favor do distritão
“Sou favorável ao distritão por acreditar que se torna um sistema eleitoral mais fácil de compreender por parte do eleitor. Como conceber um deputado estadual que teve 30 mil votos e perdeu a eleição, como o Max Menezes, de Aparecida de Goiânia? Enquanto isso outros com muito menos votos ganharam a eleição. Então eu entendo que a gente tem distorções a serem corrigidas no nosso sistema eleitoral”

“Outra situação: tivemos na eleição passada deputado federal em Goiás com quase 300 mil votos que trouxe outros deputados com menos de 30 mil, enquanto outros, com muito mais representação, que obteve aí mais de 70 mil votos, perdeu a eleição”.

“O que eu entendo com isso: se a gente tiver condições de ter um sistema eleitoral onde os mais bem votados sejam eleitos, o eleitor consegue compreender e há uma representação mais assertiva. A gente tira esses fenômenos como a gente viu o Tiririca, o Delegado Waldir aqui em Goiás, e outros no Brasil, que se elegeram e levaram consigo outras pessoas que não eram a opção do eleitor”.

“Eu entendo que no sistema proporcional como ele é hoje, traz uma representação de partido, mas infelizmente no nosso país os partidos são fragilizados e as pessoas votam em sua grande maioria muito mais nas pessoas. Então eu entendo que a gente buscar um sistema eleitoral que privilegia o voto na pessoa, o voto no candidato, é algo mais assertivo. Assim teremos mais condições de não ter arranjos, como por exemplo um partido com um grande puxador de votos que elege duas cadeiras”.

“Nada contra os exemplos que cito. Isso são situações que entendo que o eleitor não quer, não concorda e não compreende esse processo. Então eu entendo que o distritão pode ser um sistema no Brasil que aproximaria mais o eleitor dos eleitos, corrigindo distorções. Obviamente ser proporcional é bom, tem sentido, mas isso em países onde os partidos são fortes”.

“Infelizmente a maioria absoluta dos partidos não tem ideologia definida, não tem bandeira definida, são partidos de ocasião. A gente vê comumente prefeitos, vereadores, deputados, senadores, presidente da República trocando de partido porque a identidade do eleitor não é com o partido, como antigamente, quando tinha o MDB e a Arena, mas com o candidato. Por isso sou favorável ao distritão no Brasil”.



ANTÔNIO GOMIDE
Deputado estadual (PT)

Primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Goiás Eleito em 2018 com 36.998 votos

Contrário ao distritão
“Vejo que num momento de grave crise que vivemos no país, é importante que a gente possa fazer uma defesa da democracia. E uma das ferramentas para fortalecer a democracia é fazer uma boa escolha dos representantes. Nesse sentido, o voto precisa ser valorizado”

“Eu percebo que nesse momento, a discussão do distritão é mais uma tentativa de mudança na regra eleitoral sem se preocupar com a importância do processo eleitoral. O distritão é apenas um olhar, hoje, do Congresso Nacional – deputados e senadores – apenas para quem tem o mandato parlamentar. O distritão fortalece a reeleição de quem está lá”

“O debate precisa passar necessariamente por uma reforma eleitoral: colocar na pauta a diminuição dos partidos, discutir a importância do voto ser obrigatório ou não, podendo ser facultativo. A reforma precisa passar necessariamente pela influência do poder econômico, de como fazer que essa influência não interfira no resultado das eleições. Então eu percebo que a reforma eleitoral é uma necessidade”.

“Eu sou contra o distritão exatamente porque a modalidade não vem no bojo da discussão de fortalecer a democracia, mas como uma distorção para poder mudar a regra num momento já do processo eleitoral com viés muito forte para fortalecer quem tem o mandato parlamentar”


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