ABIN abre sindicância para investigar uso indevido de geolocalização
Policiais federais cumprem 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, além de medidas cautelares diversas da prisão, nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal.
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Publicado em 20 de outubro de 2023 às 14:42 | Atualizado há 1 anoA Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) divulgou nota afirmando que com as investigações sobre o uso de sistema de geolocalização. Segundo o órgão, as informações de uma sindicância interna foram repassadas à Polícia Federal (PF) e Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta sexta-feira (20/10), a Polícia Federal deflagrou a Operação Última Milha para investigar o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial por servidores da Abin.
Policiais federais cumprem 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, além de medidas cautelares diversas da prisão, nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal.
De acordo com as investigações, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos.
Além do uso indevido do sistema, apura-se a atuação de dois servidores da Agência que, em razão da possibilidade de demissão em processo administrativo disciplinar, teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão.
Confira a nota da Abin na íntegra:
A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) informa que, em 23 de
fevereiro de 2023, a Corregedoria-Geral da ABIN concluiu Correição
Extraordinária para verificar a regularidade do uso de sistema de
geolocalização adquirido pelo órgão em dezembro de 2018.
A
partir das conclusões dessa correição, foi instaurada sindicância
investigativa em 21 de março de 2023. Desde então, as informações
apuradas nessa sindicância interna vêm sendo repassadas pela ABIN para
os órgãos competentes, como Polícia Federal e Supremo Tribunal Federal.
Todas as requisições da Policia Federal e do Supremo Tribunal Federal foram integralmete atendidas pela ABIN. A Agência colaborou com as autoridades competentes desde o início das apurações.
A ABIN vem cumprindo as decisões judiciais, incluindo as expedidas na manhã desta sexta-feira (20). Foram afastados cauterlamente os servidores investigados.
A Agência reitera que a ferramenta deixou de ser utilizada em maio de 2021. A atual gestão e os servidores da ABIN reafirmam o compromisso com a legalidade e o Estado Democrático de Direito.
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