Em defesa ao Conselho de Ética da Alesp, deputado que disse que colocaria cabresto em colega afirma ser pastor e cita avó negra
Eliade Costa
Publicado em 27 de maio de 2022 às 12:42 | Atualizado há 3 anosAo apresentar sua defesa prévia ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), onde é acusado de quebra de decoro parlamentar por dizer a uma deputada que iria colocar um “cabresto em sua fala”, o deputado Wellington Moura (Republicanos) afirmou que não cometeu injúria racial porque é pastor e sua avó é negra.
De acordo com o documento, o parlamentar não se expressaria utilizando algo próximo a racismo. O deputado também recorreu ao dicionário para explicar em qual sentido usou a palavra “cabresto” para a deputada Mônica Seixas (PSOL) durante sessão no plenário da Alesp.
Segundo ele, em nenhum momento agiu com prática machista ou preconceituosa, mas “o incidente de interpretação por pré-conceito e má interpretação gerou uma exposição desnecessária e desonrosa a seu respeito.
Já as advogadas da deputada, Renata Cezar e Rosana Rufino, afirmam, em nota que a defesa do deputado demostra que na visão dele controlar, subjugar e reprimir uma parlamentar e mulher negra no exercício dos seus direitos políticos é aceitável ou que o fato dele ser pastor e conviver com pessoas negras ou mulheres minimize a agressão por ele proferida.
Segundo informações do G1
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