Vape provoca tosse com sangue e homem é internado
Paciente de Brasília com quadro grave de hemoptise devido ao uso de cigarro eletrônico. Venda proibida desde 2009, consulta pública para decidir se será liberada.
Fernando Boeira Keller
Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 17:38 | Atualizado há 1 ano
Um homem, que está internado há um mês devido a um quadro de hemoptise grave, que é a presença de sangue na tosse, em um hospital de Brasília, tem este quadro possivelmente devido ao uso de cigarro eletrônico, acreditam os médicos.
O cigarro eletrônico, ou vape, tem venda proibida no Brasil e fez parte da vida do paciente por três meses. Porém, há um mês ele começou a tossir sangue, foi neste momento que ele percebeu que precisava recorrer a um profissional.
“O quadro foi só piorando a cada dia. Eu fui a um pneumologista particular, só que ele passou muitos exames que não deram alteração”, disse o paciente em uma entrevista à TV Globo.
Com o resultado, o médico o liberou para ir para casa, no entanto, os sintomas não passaram e ele foi ao pronto socorro do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). Ele afirmou que, em um dia, chegou a tossir 600 mL de sangue.
Os cigarros eletrônicos foram introduzidos no mercado em 2005 como uma opção menos prejudicial à saúde para fumantes. No entanto, a segurança deles não é respaldada por dados científicos.
Desde 2009, vigora uma regra que proíbe a venda, importação e publicidade de dispositivos eletrônicos para fumar, incluindo acessórios e cartuchos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou uma consulta pública em 12 de dezembro para decidir sobre a liberação de cigarros eletrônicos, com a consulta aberta até 9 de fevereiro, totalizando 60 dias para participação.