72% dos leitos de UTI estão ocupados com pacientes de covid-19
Sabrina Monteiro
Publicado em 28 de abril de 2020 às 11:34 | Atualizado há 5 anos
A taxa nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados com pacientes da covid-19 subiu de 54% para 72%, chegando a 49, na última segunda-feira (27), em Goiás. Os sites das secretarias de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) e Municipal de Saúde de Goiânia constam que três hospitais aumentaram para mais dez vagas. Caso contrário, o número disponível de leitos seria três.
Não se sabe quantos leitos podem ser usados no tratamento de pacientes com covid-19. Pois além dos exclusivos no Hospital de Campanha de Goiânia (HCamp), na Maternidade Célia Câmara e nos Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), há leitos em outros quatro hospitais que receberam ou estão com pacientes com suspeita.
Uma das unidades que estão recebendo pacientes com suspeita de covid-19 é o Hospital Estadual de Urgências Otávio Lage de Siqueira (Hugol) que oferece um pré-atendimento antes das pessoas serem encaminhadas para uma das outras unidades referentes e oferta treze leitos de UTI pediátricas para crianças com suspeita do vírus. No Hugol há nove pessoas suspeitas com covid-19 internadas.
O superintendente da Ação Integral à Saúde da SES-GO, Sandro Rodrigues, afirma que o aumento de pacientes em estado grave era previsto, conforme o número de leitos disponíveis aumenta. Ele alega que o HCamp pode estender a capacidade para até 70 leitos disponíveis, se for necessário.
Rodrigo declara que os leitos de UTI do HCamp, Célia Câmara e HC são para receber pacientes graves com suspeita de covid-19, mas os outros servem como auxílio. O local de tratamento dos pacientes serão definidos a partir do estado de saúde de cada um.
O diretor geral do HC, José Garcia Neto, alega que é desnecessário o aumento sem haver demanda pois haveria custos indevidos de manutenção de estruturas e equipes sem uso, além de um maior risco de contaminação. Assim como Rodrigues, o diretor concorda que o importante é a disponibilidade para ampliar de forma rápida.
Aumento conforme a demanda
Neto declara ainda que os paciente em estado grave com covid-19 requerem um tempo mais longo. O Hcamp afirmou que o tempo médio de internação desses pacientes na UTI é de até oito dias, já no Célia Câmara pode chegar a dez dias.
Os gestores dos três hospitais exclusivos garantem que a capacidade de vagas pode chegar até 117, se necessário. Na expectativa do aumento de casos, mais 20 vagas estão sendo providenciadas nos próximos dias.
O superintendente afirma que os equipamentos de leitos de UTIs estão prontos para serem instalados, porém, depende de uma série de processos burocráticos como a contratação de profissionais da saúde.
O diretor do Célia Câmara afirma que as unidades são de referências para tratar síndrome respiratória aguda grave (Srag) e que a previsão nesse período é de aumento, pois, além do coronavírus, estamos na “fase de doenças respiratórias”.
Leitos de UTI nas Unidades Complementares
Foi informado pelo Hugol que nove pacientes seguem internados, a unidade é auxiliar no tratamento de pacientes pediátricos com Srag e, atualmente, atende duas crianças internadas em leitos de UTI.
O superintendente Rodrigues, afirmou que evita enviar pacientes com suspeita de covid-19 para as unidades complementares para evitar risco de contaminação caso não seja necessário.
Além disso, ele reconhece que há casos de pacientes que não se adequam no perfil da unidade e chegam no HCamp, assim como também outros pacientes que apresentam suspeita de covid-19 e acabam em leitos fora das três unidades. Segundo ele, a regulação depende de uma informação passada na mesma hora.
Estava prevista uma reunião para esta terça-feira (28) envolvendo a regulação do Estado e do município de Goiânia para aprimorar no encaminhamento de pacientes.
*Com informações do O Popular
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