Cotidiano

Aparecida fica sem UTI Neonatal

Diário da Manhã

Publicado em 14 de julho de 2018 às 00:38 | Atualizado há 7 anos

A segunda cidade mais popu­losa de Goiás, Aparecida de Goiâ­nia, está sem UTI neonatal des­de esta sexta-feira. A complicada situação no sistema de saúde do município ocorre devido a inter­dição do Hospital Garavelo pela Vigilância Sanitária do município sob a alegação de que a unidade de saúde está com problemas na sua estrutura e alguns procedi­mentos não estavam sendo reali­zados dentro dos parâmetros es­tabelecidos. O Hospital Garavelo era o único no município que ti­nha UTI neonatal pelo SUS–o Sis­tema Único de Saúde.

O Diretor de Controle e Ava­liação da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiâ­nia, Luciano de Moura Carvalho, afirma que o município vem re­passando normalmente os recur­sos pactuados para que o hospi­tal faça atendimentos pelo Sus. Ele explica que o hospital é refe­rência no município em obste­trícia chegando a fazer 400 par­tos mês, mas a situação já vinha se complicando nos últimos tem­pos ocasionando a diminuição no atendimento em todos os setores da unidade de saúde.

“O Centro Cirúrgico já havia sido interditado desde o ano pas­sado. A oferta de UTI neonatal também vinha sendo reduzida assim como os partos. Temos lá 9 pacientes que vão continuar sen­do atendidos mesmo com a inter­dição, mas enquanto durar a in­terdição não serão ofertadas mais vagas. A única alternativa que te­mos agora, quando for preciso de uma UTI neonatal é encaminhar o paciente para Goiânia, já que o Hospital Garavelo era o único no município de Aparecida que fazia este tipo de atendimento especializado no tratamento de bebês prematuros ou que apre­sentem algum tipo de problema ao nascer”, frisa o diretor.

Com a interdição do Hospital Garavelo, Aparecida só tem agora a Maternidade Marlene Teixeira que tem capacidade para fazer cerca de 220 partos mês, número insu­ficiente para atender a demanda. A saída é também, de acordo com Dr. Luciano é recorrer a Goiânia, pelo menos enquanto esta situa­ção perdurar. Na segunda-feira à tarde será feita uma reunião com representantes do Hospital Gara­velo, Ministério Público, Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia com o objetivo de encontrar uma solução para o problema, já que o Hospital Garavelo é uma unidade de saúde importante para o aten­dimento pelo SUS na cidade.

 

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